Casal é decapitado e 2 netos espancados até a morte na Nigéria

Um casal de idosos foi decapitado e seus dois netos espancados numa vila na região central da Nigéria onde confrontos entre cistãos e muçulmanos ocorrem desde dezembro. No entanto, a polícia estima que as mortes sejam parte de um ritual de matança e não estejam diretamente ligadas ao conflito.

O ataque ocorrido na vila de Shekan, próxima da cidade de Jos, aconteceu em uma região onde mais de 200 pessoas foram mortas em uma onda de violência sectária entre cristãos e muçulmanos que ocorre desde dezembro.

"Estes criminosos podem ser chamados de assassinos de rituais porque eles cortaram a cabeça da mulher e foram embora com ela. Apenas encontramos o corpo sem a cabeça", disse o comissário de polícia Abdulrahman Akano.

Assassinatos para rituais, apesar de raros, ainda ocorrem em partes do oeste da África e no passado ocorreram durante corridas eleitorais. Os assassinos obtêm partes de corpos e sangue na crença de que os sacrifícios trarão sucesso social e poder político.

NATAL

Ainda no início de janeiro ao menos 13 pessoas foram mortas num ataque a uma vila no centro da Nigéria, informou a polícia, no mais recente caso de violência religiosa nesta região do país desde a série de atentados do Natal.

"Fui informado de que 13 pessoas morreram no ataque desta madrugada", afirmou Abdulrahman Akano, chefe da polícia do Estado de Plateau, afirmando que agentes foram enviados à vila cristã de Wareng para investigar os fatos.

Na véspera de Natal, bombas no centro da Nigéria e a violência entre cristãos e muçulmanos provocaram a morte de ao menos 80 pessoas.