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Sábado - 07 de Setembro de 2013 às 09:55
Por: LAÍSE LUCATELLI/MARCIO CAMILO

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O governador Silval Barbosa (PMDB) voltou a colocar “panos quentes” sobre os rumores envolvendo a saída do secretário de Saúde, Mauri Rodrigues de Lima (PP) e evitou confirmar a mudança no seu staff. 


 
De acordo com fontes do Palácio Paiaguás, a exoneração do secretário já estaria decidida e seria só uma questão de tempo para ele ser substituído pelo cardiologista Jorge Lafetá no comando da pasta.


 
“O secretário de Saúde é o Mauri. Em nenhum momento, eu falei que ia trocar secretário, nesses dias em que a imprensa especulou muito. Quando eu for trocar secretário, de qualquer área, eu tomarei as providências, pois é uma prerrogativa minha”, afirmou Silval, em entrevista na Arena Pantanal, nesta desta sexta-feira (6). 


 
Apesar de ter cacifado a permanência de Mauri na secretaria, exonerando comissionados ligados a políticos do PP, Silval estaria insatisfeito com os resultados apresentados, pois a Saúde está mergulhada em uma crise profunda.


 
A pasta sofre a pressão dos prefeitos pelo atraso nos repasses do setor para os municípios, além de escândalos de medicamentos vencidos e polêmicas em torno da falta de controle sobre Organizações Sociais de Saúde (OSS), que fazem a gestão terceirizada dos hospitais regionais e da Central Estadual de Abastecimento de Insumos de Saúde (Ceadis).


 
O secretário também é alvo de "bombardeio" dos deputados do PP, principalmente o deputado federal e ex-secretário Pedro Henry (PP), que denunciou que R$ 37,4 milhões teriam sido desviados do Hospital Regional de Sinop e aplicados em outras áreas da Saúde de forma indevida, entre maio de 2013 e agosto deste ano.


 
O governador lembrou que o grupo de Henry comandava a pasta durante parte do período das denúncias, e evitou respondê-las.


 
Até janeiro deste ano, o secretário de Saúde era Vander Fernandes, afilhado político de Pedro Henry.


 
“Eles comandavam a secretaria. E não vou polemizar com a área [de Saúde], que já tem muito problema”, disse Silval.


 
Decisão de Silval


 
O secretário Mauri também evitou comentar a possibilidade de sua saída do staff. 


 
Na última quarta-feira (4), ele declarou à imprensa que “não entra nessas questões políticas” e que seu perfil é técnico, enquanto escapava do cerco dos jornalistas, depois de ser sabatinado pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, que apura o suposto desvio de verbas na pasta. 


 
“Sou secretário um dia de cada vez. Vivo hoje e não quero entrar nesse mérito. Tenho trabalhado até às nove da noite e quero continuar trabalhando até quando o governador achar necessário. Sobre substituição é o governador que tem que responder. Não eu”, declarou Mauri.




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