Um tiroteio entre dois grupos criminosos quase terminou em tragédia em Várzea Grande
Acerto de contas entre gangues deixa dois feridos em VG

Um confronto entre membros de dois grupos criminosos quase acaba em tragédia com um tiroteio em que 2 pessoas ficaram feridas, entre elas um homem de 60 anos que tomava uma cerveja no balcão de um bar. Um dos suspeitos de promover os disparos também acabou atingido após perseguição da Polícia Militar, quando foi preso.

O tiroteio aconteceu pouco depois das 21h, no bairro Jardim das Oliveiras, localizado ao final da pista do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande.

A confusão começou quando o mototaxista Átillas Wandbelger Alves Garcia, 23, passou a ser alvo de disparos em plena Rua Antônio Paes de Barros. Ele estava conversando com um grupo de pessoas quando 2 homens se aproximaram, armados. Átillas, mesmo atingido por 2 disparos, em um dos braços e ombro, correu para dentro de uma mercearia que também funciona como bar.

O atirador continuou a persegui-lo e disparar em sua direção, quando atingiu o pensionista José Bernardo Taveira, 60. O disparo atravessou o abdome. Segundo vizinhos, ele teve o intestino perfurado e foi transferido do Pronto-Socorro de Várzea Grande para Cuiabá, onde foi submetido a uma cirurgia e o estado de saúde dele é delicado.

Átillas foi encaminhado ao pronto-socorro e não corria risco de morte. Logo depois, os policiais militares prenderam 2 suspeitos de participarem no tiroteio. Rafael Conceição da Silva, 19, que segundo a Polícia Militar, teria tentado fugir pulando muros de residências e atirou contra os PMs. Acabou atingido em uma das pernas durante a troca de tiros. Ele foi reconhecido por Átillas como um dos homens que teria feito os disparos.

Outro que foi preso é o estudante Rael Nunes da Mota, 21. Ele nega o envolvimento com o tiroteio. Disse que estava indo para o bar para comprar um lanche quando os 2 criminosos que perseguiam Átillas passaram por ele e o empurraram. Quando escutou os disparos correu e acabou sendo confundido com os atiradores.

O único que não foi preso é um homem conhecido como Anderson, ou "Toco", ele seria rival de Átillas e teria ido até o local para promover um acerto de contas. Rafael e Rael seriam membros do grupo dele. Ontem a PM fazia rondas para tentar prender "Toco".

Segundo a dona da mercearia, a tragédia poderia ter sido muito maior já que no local haviam cerca de 10 pessoas. Ela mesmo, minutos antes estava com a neta no colo e tinha acabado de colocar a criança para dentro da casa que fica nos fundos. Na rua haviam pelo menos 20 moradores, entre crianças e adultos.

Uma vizinha de José Bernardo disse que tinha ido até o bar para chamar o esposo que conversava com a vítima. José ainda lhe comprou um sorvete. O idoso pagava o produto quando foi atingido. Pelo menos 2 perfurações de arma ficaram nas paredes do comércio.