Técnico da Roma defende Adriano e questiona blitz policial
O técnico da Roma, Claudio Ranieri, defendeu, nesta sexta-feira, o atacante Adriano no episódio que culminou na apreensão da carteira de habilitação do jogador durante uma blitz da "Lei Seca", no Rio. Para o treinador, o brasileiro não estava dirigindo no momento da operação policial.
"Tomaram o documento de Adriano mesmo sem ele estar guiando. Por que ele teve o documento apreendido agora? Devemos conhecer melhor o Brasil para podermos julgá-lo melhor. Sou igual a São Tomé. Não acredito naquilo que li", disse Ranieri durante entrevista coletiva.
De acordo com o jornal "Corriere della Sera", por causa deste episódio, a Roma estuda a possibilidade de rescindir o contrato de Adriano.
Ranieri afirmou, porém, que ainda conta com o atacante. "Estou convencido que Adriano ainda poderá ser muito útil. Sou um sonhador", afirmou o treinador.
Adriano está no Brasil de licença médica. No jogo da Roma contra o Lazio, em 19 de janeiro, o atacante fraturou o úmero e teve que passar por uma operação no ombro. Sua volta à Itália está prevista para o dia 22 deste mês.
O rompimento do contrato de Adriano com a Roma --que lhe rende cerca de R$ 8 milhões por ano-- é menos provável. Mas há uma cláusula no acordo do jogador que protege o clube em casos de "comportamento pouco profissional por parte do atleta".
LEI SECA
Adriano teve o direito de dirigir suspenso por cinco dias, após se negar a fazer o teste do bafômetro, na madrugada da última quarta-feira, no Rio. O jogador, que admitiu ter ingerido álcool, levou uma multa de R$ 957.
A carteira de habilitação, apreendida no mesmo dia, já está liberada. Adriano será julgado pelo Detran dentro de 30 dias e pode ficar um ano sem dirigir. Em 20 dias, ele receberá a primeira notificação do processo e pode recorrer.
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