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Economia
Sábado - 07 de Setembro de 2013 às 06:57

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O "Plano de Ação de São Petersburgo", documento elaborado pelos países do G20 para "reforçar" a retomada de crescimento global e lidar com seus "riscos de curto prazo", lista uma série de ações tomadas pelo Brasil que, na avaliação do grupo, contribuiriam para esse objetivo.


 
Após reunir-se em São Patersburgo, os líderes do G20 chegaram a um consenso sobre esse "plano de ação", apresentado como um roteiro para acelerar o crescimento global e criar empregos.


 
Na realidade, o texto não inclui projetos novos, mas sim uma coletânia de iniciativas que já estariam sendo implementadas pelos países do grupo em uma tentativa de reativar suas próprias economias.


 
Entre as contribuições para garantir uma aceleração do crescimento e aumento do nível dos investimentos na economia global, o Plano de Ação cita duas iniciativas brasileiras.


 
Primeiro, menciona especificamente os leilões de 6,9 mil quilômetros de rodovias que serão realizados neste mês e poderiam levantar, por meio de parcerias público-privadas, investimentos da ordem US$ 25 bilhões, de acordo com o documento.


 
Segundo, de forma mais ampla, cita os incentivos fiscais e esforços para criar formas de financiamento "inovadoras" para o Programa de Investimento em Logística, que prevê a aplicação, em cinco anos, de US$ 71 bilhões em obras que "reduziriam os gargalos da economia brasileira e criariam empregos".


 
Câmbio


 
Ao mencionar os problemas de volatilidade cambial provocada por fluxos de capitais, o documento ressalta o programa anunciado pelo Banco Central brasileiro recentemente, que prevê intervenções diárias no mercado de dólar.


 
Segundo o texto chancelado pelo G20, tais intervenções reduziriam as "incertezas" e aumentariam a "transparência" no mercado de divisas brasileiro, lhe "oferecendo proteção e liquidez".


 
Por fim, o plano de ação também destaca investimentos que o Brasil teria se comprometido a fazer na área de educação, como o financiamento de programas de bolsas de estudo dentro e fora do país e a criação de quatro novas universidades públicas até 2018 e 208 escolas técnicas até 2014.


 
Tanto esse roteiro de ação quanto a declaração final da cúpula do G20 reconhecem avanços feitos no último ano no combate aos efeitos da crise financeira nos EUA e Europa, mas manifestam preocupação com alguns problemas antigos - como o desemprego juvenil no mundo rico - e outros novos - particularmente, o desaquecimento de algumas economias emergentes.


 
"Enquanto o crescimento continuou em alguns mercados emergentes, desacelerou em outros", notam os dois documentos. "Apesar de nossas iniciativas, a recuperação é fraca e ainda há riscos", completam, mencionando o aumento da volatilidade dos mercados financeiros dos últimos meses.





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