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Do plantio ao porto, passando pela colheita e classificação, resta lastro
Perdas de grãos chegam a 4%, aponta estudo da Aprosoja/MT
Para cada hectare plantado são perdidas, em média, duas sacas de grãos, considerando uma produtividade de 50 sacas, como é o rendimento da soja em Mato Grosso. Esse lastro é o resultado final após as diferentes etapas percorridas dentro da lavoura, ou seja, desde o plantio da semente até que o grão chegue a seu destino final, passando pelo processo de colheita e pré-colheita, transporte longo e curto e armazenagem.
Somente na etapa da colheita, a estimativa é de uma perda de média de 2%, ou o equivalente a uma saca por hectare (sc/ha) e varia conforme o perfil e regulagem dos maquinários, as características da cultivar, a sistematização do talhão e a capacidade operacional. Os dados referem-se à safra 2012/2013 e resultam de duas pesquisas realizadas pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT) junto às parceirais nas regiões de Rondonópolis e Sinop, o que engloba o sul e norte mato-grossense.
Segundo a pesquisadora da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Zulema Figueiredo, em sete das 11 propriedades constataram-se perdas totais abaixo de 60 quilos por hectare, enquanto que nas outras quatro as perdas ficaram entre 77 e 97 quilos, resultando na média de 59,48 quilogramas, ou seja, 1 sc/ha. Esses números são muito próximos aos encontrados pelo pesquisador Rodrigo Zandonadi, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que observou uma perda média de 66 quilos por hectare nas 12 propriedades acompanhadas.
Na etapa de pré-colheita verificou-se perda de 1%, segundo estimativas da Aprosoja/MT. Esse dano muda de acordo com o clima, variedades, abertura de vagens, pragas e tempo de colheita. “Muitas vezes as variações do tempo atrapalham a colheita, o produtor acha que vai colher um número determinado de sacas, mas precisa atrasar alguns dias por conta da chuva, por exemplo, e acaba colhendo menos”, explica o gerente de planejamento da Aprosoja/MT, Cid Sanches.
Durante a armazenagem outros 0,25% são contabilizados como prejuízos ao mês – durante o período em que o grão fica estocado -, segundo dados dos Armazéns Gerais da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e cooperativas. A redução entre o volume de entrada e de saída é causadas tanto pela falta de armazéns, como pelas condições estruturais dos que estão disponíveis, e, ainda pela possível ação de microrganismos e do clima.
Em outra etapa da produção, no transporte curto, deslocamento das propriedades até os armazéns e receptoras próximas, soma-se mais 0,50% de perda, e no transporte longo, até os portos, por exemplo, mais 0,25%, conforme dados das empresas exportadoras e cooperativas. Como frisa a Aprosoja/MT, As perdas durante as etapas de transporte são reflexos diretos dos problemas de logística que atingem todo o território nacional.
IMPACTO NA RENDA - Para o produtor rural, a perda final é muito maior, podendo chegar a 10% de tudo que é plantado. Isso porque é o agricultor quem arca com os custos da padronização dos grãos, que correspondem a 6%, ou seja, abocanham três sc/ha. “A classificação de grãos e os descontos são os grandes vilões do produtor, pois else deixam de receber por quilograma. O problema fica maior com a ausência de transparência na classificação e falta de informações sobre os valores das tabelas de descontos”, lembra Cid. O segmento reclama e cobra do Ministério da Agricultura a adoção de critérios universais para a classificação dos grãos. Atualmente, cada trading tem sua própria metodologia e poucas são transparentes. Os critérios utilizados são bastante subjetivos.
SIMPÓSIO - Todos esses temas que impõe perdas significativas à safra mato-grossense, ano após ano, serão discutidos durante o V Simpósio Mato-grossense de Pós-Colheita de Grãos que será realizado de 10 a 11 deste mês Sinop (503 quilômetros ao norte de Cuiabá). O evento é realizado na Associação Brasileira de Pós-Colheita (Abrapos) e traz para a discussão as melhorias na qualidade da pós-colheita de grãos no Estado e assim garantir a competitividade do grão brasileiro.
Somente na etapa da colheita, a estimativa é de uma perda de média de 2%, ou o equivalente a uma saca por hectare (sc/ha) e varia conforme o perfil e regulagem dos maquinários, as características da cultivar, a sistematização do talhão e a capacidade operacional. Os dados referem-se à safra 2012/2013 e resultam de duas pesquisas realizadas pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT) junto às parceirais nas regiões de Rondonópolis e Sinop, o que engloba o sul e norte mato-grossense.
Segundo a pesquisadora da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Zulema Figueiredo, em sete das 11 propriedades constataram-se perdas totais abaixo de 60 quilos por hectare, enquanto que nas outras quatro as perdas ficaram entre 77 e 97 quilos, resultando na média de 59,48 quilogramas, ou seja, 1 sc/ha. Esses números são muito próximos aos encontrados pelo pesquisador Rodrigo Zandonadi, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que observou uma perda média de 66 quilos por hectare nas 12 propriedades acompanhadas.
Na etapa de pré-colheita verificou-se perda de 1%, segundo estimativas da Aprosoja/MT. Esse dano muda de acordo com o clima, variedades, abertura de vagens, pragas e tempo de colheita. “Muitas vezes as variações do tempo atrapalham a colheita, o produtor acha que vai colher um número determinado de sacas, mas precisa atrasar alguns dias por conta da chuva, por exemplo, e acaba colhendo menos”, explica o gerente de planejamento da Aprosoja/MT, Cid Sanches.
Durante a armazenagem outros 0,25% são contabilizados como prejuízos ao mês – durante o período em que o grão fica estocado -, segundo dados dos Armazéns Gerais da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e cooperativas. A redução entre o volume de entrada e de saída é causadas tanto pela falta de armazéns, como pelas condições estruturais dos que estão disponíveis, e, ainda pela possível ação de microrganismos e do clima.
Em outra etapa da produção, no transporte curto, deslocamento das propriedades até os armazéns e receptoras próximas, soma-se mais 0,50% de perda, e no transporte longo, até os portos, por exemplo, mais 0,25%, conforme dados das empresas exportadoras e cooperativas. Como frisa a Aprosoja/MT, As perdas durante as etapas de transporte são reflexos diretos dos problemas de logística que atingem todo o território nacional.
IMPACTO NA RENDA - Para o produtor rural, a perda final é muito maior, podendo chegar a 10% de tudo que é plantado. Isso porque é o agricultor quem arca com os custos da padronização dos grãos, que correspondem a 6%, ou seja, abocanham três sc/ha. “A classificação de grãos e os descontos são os grandes vilões do produtor, pois else deixam de receber por quilograma. O problema fica maior com a ausência de transparência na classificação e falta de informações sobre os valores das tabelas de descontos”, lembra Cid. O segmento reclama e cobra do Ministério da Agricultura a adoção de critérios universais para a classificação dos grãos. Atualmente, cada trading tem sua própria metodologia e poucas são transparentes. Os critérios utilizados são bastante subjetivos.
SIMPÓSIO - Todos esses temas que impõe perdas significativas à safra mato-grossense, ano após ano, serão discutidos durante o V Simpósio Mato-grossense de Pós-Colheita de Grãos que será realizado de 10 a 11 deste mês Sinop (503 quilômetros ao norte de Cuiabá). O evento é realizado na Associação Brasileira de Pós-Colheita (Abrapos) e traz para a discussão as melhorias na qualidade da pós-colheita de grãos no Estado e assim garantir a competitividade do grão brasileiro.
Fonte:
Do Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/10242/visualizar/
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