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Sexta - 11 de Fevereiro de 2011 às 09:06
Por: Katiana Pereira

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Edivá e Amorim discutem o caos no trânsito: secretário sugere mudança do Colégio Máxi
Edivá e Amorim discutem o caos no trânsito: secretário sugere mudança do Colégio Máxi

O secretário de Trânsito e Transporte Urbano de Cuiabá, Edivá Alves, apontou, nesta sexta-feira (10), uma medida que, segundo ele, pode ser considerada "radical", mas, na atual conjuntura, é a única saída para resolver a situação caótica do trânsito nas regiões dos bairros Popular, Goiabeiras e Quilombo: a retirada do Colégio Maxi.

Localizado na Rua Floriano Peixoto com Estêvão de Mendonça e com acesso pela Rua João Bento, a unidade particular de ensino é considerada a principal causa do gargalo no trânsito da região.

Sem controle, pais de alunos e motoristas de ônibus escolares não respeitam a sinalização e param os veículos em plena via, nos horários de pico, principalmente nas saídas dos alunos - às 11h30 e às 17h30, considerados "horários do rush".

Edivá Alves realizou, por volta do meio-dia de hoje, em companhia de assessores, uma "blitz" na região e constatou "in loco" os engarrafamentos nas avenidas Isaac Póvoas, Lavapés e Getúlio Vargas, e na Rua Estevão de Mendonça.

Para o secretário, a situação já passou dos limites e não há mais o que a SMTU possa fazer. "Não adianta eu colocar 20 agentes [os "amarelinhos"] na região, essa não é a solução. A solução é mudar o colégio de lugar. Quero ver o habite-se [documento que atesta que o imóvel foi construído seguindo-se as exigências estabelecidas pela prefeitura] do colégio. Que eu saiba, a autorização aqui é para salas comerciais, e não para uma escola deste porte", revelou.

O diretor do Maxi, Carlos Alberto Amorim, saiu em defesa do colégio e negou a inexistência do documento. "Tenho o habite-se sim, e posso mostrar. Nada aqui foi feito de forma ilegal. A Prefeitura deu autorização para instalar a escola no local", disse. O diretor, entretanto, não mostou a certidão.

Edivá insistiu em que o estabelecimento estaria funcionamento irregularmente. "O colégio deve ter o alvará de funcionamento. Não é possível que deram um habite-se nessas condições. Esse problema deve ser verificado, sobretudo, acerca de quem liberou essa documentação", disse o secretário.

Amorim observou que, se a solução é fechar o Colégio Maxi, em função do caos no trânsito, a medida deveria ser aplicada em relação a outras escolas da Capital.

"Se for assim, tem que fechar o São Gonçalo, o Coração de Jesus e tantos outros", disse o diretor, em referência a outras unidades de ensino [a primeira, na Avenida da Prainha, e a segunda, na Rua Comandante Costa].

O diretor disse que os congestionamentos nas Ruas Estêvão de Mendonça, Floriano Peixoto e João Bento [frente e fundos do colégio] são "passageiros", e que, na segunda semana de aula, a "situação já se resolve".

"Passamos por esse tipo de problema há cinco anos. Todo início de aula é assim, na segunda semana a situação já se melhora", afirmou Amorim.

Em entrevista ao site, no dia 4 de fevereiro de 2010, o secretário Edivá Alves informou que, no final de 2009, a diretoria do Colégio Maxi se comprometera a contratar pessoas para auxiliar no trânsito, nas proximidades do estabelecimento, na tentativa de minimizar o problema.

Na ocasião, o secretário observou que o problema está ligado ao grande número de estudantes e, por isso, as providências devem partir da unidade escolar. O diretor do Maxi não quis falar a respeito.

Relembre o caso

Na manhã e tarde de quarta-feira (9), MidiaNews registrou situações de verdadeiro caos no trânsito. No cruzamento da Getúlio Vargas com a Estêvão de Mendonça, por exemplo, uma estudante esperou, pelo menos, 10 minutos para fazer a travessia.

No próximo dia 14, voltam às aulas na rede pública de ensino e a previsão é de que os problemas aumentem.

Um dos principais gargalos do trânsito desordenado é registrado nas Avenidas Isaac Póvoas, Lavapés e Getúlio Vargas, além da Rua Estevão de Mendonça, nas regiões dos bairros Popular, Goiabeiras e Quilombo.

Nesse trecho, o descontrole do trânsito é provocado pela confusão reinante nos horários de saída dos alunos do Colégio Máxi: a maioria dos pais param seus veículos em plena via - na Rua Estêvão de Mendonça, assim como na Rua Floriano Peixoto -, ocasionando engarrafamentos.

Os seguranças da escola são incapazes e insuficientes de controlar a confusão. Os longos engarrafamentos, aliado à imprudência de alguns motoristas e à falta de fiscalização por parte da Prefeitura Municipal e da Polícia Militar, são os principais complicadores.

Clientes de um posto de gasolina na esquina da Getúlio Vargas com a Estevão de Mendonça, saem do estabelecimento sem observar a sinalização e a faixa de pedestre.

O risco de atropelamento e de colisão é grande. Esse entroncamento fica intransitável nos horários de pico - entre 11h30 e 12h, e entre 17h e 18h.

Os motoristas não respeitavam os sinais existentes nas duas vias. A invasão da faixa de pedestres tem sido uma constante e os pedestres ficam sem nenhuma opção, preferindo não arriscar.






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