PF faz operação contra policiais ligados ao tráfico no Rio
A Polícia Federal no Rio realiza uma operação na manhã desta sexta-feira para cumprir 45 mandados de prisão --a maioria contra policiais civis e militares que estavam envolvidos num esquema de desvio de armas e drogas, além de repasse de informações sobre ações policiais em favelas da cidade.
Os policiais também cumprem 48 mandados de busca e apreensão, sendo um na 22ª DP (Penha) e outro na 17ª DP (São Cristóvão). Entre os suspeitos, há 11 policiais civis e 21 militares. O delegado Allan Turnowski, chefe da Polícia Civil, será ouvido pela PF ainda na manhã de hoje.
A "Operação Guilhotina" conta com o apoio da Secretaria de Segurança Pública e com Ministério Público Estadual. As investigações que levaram a operação tiveram início durante uma ação policial, ocorrida em 2009, que era conduzida pela Delegacia da Polícia Federal em Macaé --denominada "Operação Paralelo 22", que tinha o objetivo prender o traficante conhecido como "Rupinol", que atuava na favela da Rocinha junto com o traficante "Nem".
A partir daí, duas investigações paralelas foram iniciadas, uma da Corregedoria Geral Unificada da Secretaria de Segurança do Rio e outra da Superintendência da Polícia Federal no Rio. A troca de informações entre os serviços de inteligência das duas instituições deu origem ao trabalho conjunto de hoje.
O objetivo da ação desta sexta-feira é "dar fim à atuação de um grupo criminoso formado por policiais --civis e militares-- e informantes envolvidos com o tráfico ilícito de drogas, armas e munições, com a segurança de pontos de jogos clandestinos (máquinas de caça-níqueis e jogo do bicho) e venda de informações sigilosas".
As forças estaduais destacaram 200 homens, além de dois helicópteros e quatro lanchas. As equipes da Polícia Federal empregam um efetivo de 380 homens.
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