Sarkozy entra em campanha para eleições de 2012 na França
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, está ocupadíssimo estabelecendo as bases para a sua candidatura à reeleição em 2012, apesar da incerteza sobre se seu principal rival socialista entrará na disputa.
Enquanto cuida de sua imagem de líder global na presidência do G20, ele também viaja pelo interior do país tentando fazer subir os seus baixos índices de aprovação e deixar armadilhas para a esquerda.
Ele tentará reconquistar o apoio da população durante um programa de televisão no horário nobre da noite de quinta-feira, respondendo a perguntas de nove "pessoas comuns" sobre emprego, segurança, assistência aos idosos e outras preocupações domésticas.
A primeira-dama Carla Bruni-Sarkozy intensificou sua campanha pelo marido, declarando na semana passada que agora renega suas inclinações socialistas da sua juventude na Itália e que nunca votará para a esquerda na França.
Prejudicado por uma reforma impopular na Previdência, por não conduzir de forma adequada a revolta na Tunísia e pelo constrangimento envolvendo o pagamento de viagens de ministros seus por líderes estrangeiros, Sarkozy precisa reconquistar os eleitores. Uma pesquisa recente da TNS Sofres indicou que ele tinha apenas 24 por cento de aprovação.
A eleição de abril de 2012 ocorre num momento crucial, quando a França e os outros países da zona do euro se esforçam para reduzir os déficits de orçamento e ganhar de volta a confiança dos investidores.
O diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), o economista Dominique Strauss-Kahn, faz suspense sobre se buscará uma candidatura pelos socialistas.
Aguardando a decisão do diretor do FMI, a líder do Partido Socialista, Martine Aubry, que introduziu a semana de 35 horas de trabalho, recusa-se a divulgar as suas intenções.
De certa forma, isso complica os cálculos de Sarkozy, já que ele não sabe quem enfrentará. Mas também lhe dá uma vantagem para conquistar os eleitores ao iniciar mais cedo que seus possíveis rivais na campanha.
"Sarkozy tem alguns meses pela frente onde pode mostrar que é capaz de gerenciar as coisas pelo povo francês", disse o analista político Guy Groux, da Universidade Sciences Po da França. "Em comparação com ele, falta aos socialistas um programa crível ou propostas visíveis.
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