PF destrói 337 mil pés de maconha no sertão de Pernambuco
A Polícia Federal destruiu 337,4 mil pés de maconha em operação realizada na região conhecida por polígono da maconha, localizada no sertão de Pernambuco, na divisa com o Estado da Bahia. Segundo a PF, se colhidas, as plantas produziriam 101 toneladas da droga.
Na ação, iniciada no dia 1º e encerrada nesta quinta-feira (10), foram destruídos 131 plantios, 294 mil mudas e apreendidos 39 kg do entorpecente prontos para o consumo. Ninguém foi preso.
A operação, batizada de Caruá 1, mobilizou cerca de cem policiais federais de oito Estados. Foram utilizados dois helicópteros, dois botes infláveis e um jet-ski dos bombeiros de Serra Talhada (PE).
As roças de maconha foram encontradas em oito municípios e em ilhas do rio São Francisco, que, naquela região, divide os Estados de Pernambuco e Bahia.
De acordo com a PF, outras três operações do tipo deverão ser realizadas neste ano na mesma área. Elas coincidirão com os períodos de colheita, que acontece a cada três meses. Para a polícia, a erradicação sistemática dos plantios reduziu a oferta da droga no Estado.
Grande parte da maconha apreendida recentemente em Pernambuco, informou, é oriunda do Paraguai ou colhida precocemente, o que resulta na má qualidade do produto.
Segundo a Polícia Federal, um traficante gasta em Pernambuco aproximadamente R$ 20 mil para plantar dez mil pés da droga, quantidade suficiente para colher três toneladas do entorpecente.
Os agricultores aliciados para cuidar dos plantios recebem em média R$ 50 por dia, cerca de cinco vezes mais do que receberiam para trabalhar nas roças de alimentos no sertão.
O quilo da droga é vendido pelo produtor ao atravessador por valores que variam entre R$ 200 e R$ 300. Em Recife, a mesma quantidade do produto é comercializada por até R$ 800, informou a PF.
No ano passado, as operações federais na região resultaram na destruição de 551 plantios de maconha com um total de 1,04 milhão de pés da droga. Foram erradicadas ainda 896 mil mudas e apreendidos 2,1 toneladas da droga prontas para o consumo, em 2010.
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