Tião da Zaeli afirma que despesas de Várzea Grande estão maiores que a receita da cidade.
Vice-prefeito anuncia exonerações e extinção de pastas para reduzir gastos em VG
Diante da crise que se instala em Várzea Grande com o fechamento do Pronto Socorro Municipal e a greve dos médicos por tempo indeterminado, o vice-prefeito Tião da Zaeli (PR) anunciou hoje a redução de despesas da máquina pública com a extinção de pelo menos quatro secretarias e ainda a unificação de outras.
Zaeli, que assumiu a Prefeitura Municipal na última semana em substituição ao prefeito republicano Murilo Domingos, admitiu que a administração não possui recursos financeiros para solucionar o impasse e será necessário uma reformulação. "Não temos hoje a capacidade financeira de honrar os compromissos e a cidade necessita de um choque de realidade", frisou vice-prefeito, que realizou na manhã desta quinta-feira uma vistoria no Pronto Socorro e no hospital Metropolitano do Cristo Rei juntamente com o secretário estadual de Saúde, Pedro Henry, o conselheiro Humberto Bosaipo, os secretários municipais do setor Maurélio Ribeiro (Cuiabá) e Renato Tetilla (Várzea Grande), além de outros membros do staff várzea-grandense.
Apesar de anunciar os cortes, o vice-prefeito preferiu não dizer quais pastas serão reestruturadas e o número de servidores que deverão ser exonerados nos próximos dias. Por outro lado, confirmou a extinção da Fundação de Sáude de Várzea Grande (Fusvag) que passará a adotar o sistema de gestão unificado com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Os recursos para a Fusvag são por meio da transferência Fundo a Fundo e deverão contribuir para o atendimento no Pronto Socorro.
Contudo, Zaeli informou que o "enxugamento da máquina" deverá ter início após o retorno do prefeito Murilo Domingos, que está internado em São Paulo e com problemas de saúde. Murilo deve retornar à cidade na segunda-feira (14). Já sobre a greve dos médicos, o vice-prefeito apontou uma dívida financeira da ordem de R$ 650 mil, cujo montante ainda não foi disponibilizado para pagamento. Destaca também que a categoria não aceitou as propostas feitas pela Prefeitura, na última reunião realizada na semana passada em que pretendia um acordo para que as verbas indenizatórias fossem pagas até o mês de abril. No entanto, os profissionais exigem o pagamento imediato dos valores.
Tião da Zaeli justifica a crise que assola a cidade ao explicar que o município cresceu 17% nos últimos anos e não houve aumento da receita. "Estamos fazendo um levamento e um estudo, mas a despesa hoje está maior que a receita. Enquanto não criar uma capacidade financeira para a cidade, não tem como sanar as dívidas", pontua
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