Lourenço atribui saída a falta de preparo físico e entrosamento
O técnico Rogério Lourenço comentou pela primeira vez a sua demissão do Bahia, ocorrida na última segunda-feira. Para o treinador, que chegou ao clube no começo do ano e trabalhou em apenas cinco jogos, faltou entrosamento e tempo de preparação para equipe, que vive má fase no início do Campeonato Baiano.
"É inegável que o meu trabalho foi muito atrapalhado pelo fato da equipe não estar com seu condicionamento físico ideal. Reformulamos completamente o grupo que disputou a Série B do Campeonato Brasileiro. Foram mais de 15 jogadores contratados. Era preciso ter um pouco mais de tempo para condicioná-los e entrosá-los, mas infelizmente o futebol sofre com o imediatismo", lamentou.
Para Lourenço, a queda de desempenho dos jogadores no segundo tempo dos jogos foi evidente, e fundamental para que os resultados não fossem os desejados.
"Os números provam que esse fator foi determinante. Levamos nove dos dez gols que sofremos na competição no segundo tempo. O time se comportava bem até o final do primeiro tempo, mas vinha a segunda etapa, o cansaço batia, e acabávamos tendo uma queda brusca de rendimento. Nenhum time consegue atingir seu melhor nível técnico e tático sem estar bem condicionado", afirmou.
Outro fato negativo levantado por Rogério Lourenço foi a confusão criada pelo atacante Jael, que foi afastado por agredir um membro da diretoria do clube
"O caso envolvendo o Jael desestabilizou toda equipe. O time é formado em grande parte por jovens, entre eles os que fizeram parte do time vice-campeão da Copa São Paulo. Não havia como isso deixar de influenciar negativamente o lado psicológico desses atletas. Infelizmente não pude continuar o trabalho, mas gostaria de deixar claro que não guardo qualquer tipo de mágoa. Agradeço à direção do Bahia pela oportunidade e desejo sorte ao clube", concluiu
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