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Economia
Terça - 08 de Fevereiro de 2011 às 14:57

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Os brasileiros de alta renda, aqueles com pelo menos R$ 1 milhão aplicado, fecharam 2010 com R$ 371 bilhões investidos nos bancos, segundo dados divulgados há pouco pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) sobre o mercado de "private banking". Na comparação com o ano anterior, houve crescimento de 23% no total de ativos aplicados.

Houve crescimento tanto no volume de recursos investidos nos bancos quanto no número de brasileiros milionários. O presidente do Comitê de Private Banking da Anbima, Celso Portásio, destaca que a expansão é puxada pela expansão da economia, que gera aumento da renda e aquece o setor empresarial. Com isso, aumentam as fusões e aquisições e as aberturas de capital, gerando novos milionários no País. Geralmente são famílias que vendem ações de empresas ou participações em companhias fechadas. No ano passado, houve alta de 11% no total de milionários no Brasil, para 63,224 mil pessoas. A estimativa dos bancos é que haja cerca de 150 mil brasileiros com esse nível de renda.

Os produtos preferidos dos milionários para aplicar recursos são fundos de investimento, que ficaram com R$ 162,2 bilhões dos ativos desses investidores em 2010. Papéis de renda fixa, como títulos públicos emitidos pelo governo, respondem por R$ 118,6 bilhões. Já as ações de empresas lançadas da bolsa ficam com R$ 68,2 bilhões. Os recursos restantes estão investidos em outros produtos, como poupança e planos de previdência, segundo o levantamento da Anbima.

Risco

Portásio destaca que os milionários preferem aplicações um pouco mais arriscadas quando comparados com o investidor comum. Um exemplo são os fundos multimercados, que respondem por 50,7% das aplicações dos endinheirados em fundos de investimento. Na média geral do setor, a participação desses fundos, que aplicam em ações, renda fixa, câmbio e derivativos, é de 28%.

A distribuição nacional dos recursos dos milionários indica que São Paulo, maior cidade do País, concentra a maior parte das aplicações, com 55,3% dos recursos. No Rio de Janeiro estão 18,3%; em Minas Gerais e Espírito Santo, 5,8%. A região Sul responde por 13%, seguida pelo Nordeste, com 5,5% e Centro-Oeste com 1,8%. A região Norte apresentou número muito pequeno de clientes de alta renda, com 0,3%.

Portásio destaca que a participação maior de São Paulo é natural, pois o Estado tem a maior riqueza do País, mas outras regiões estão crescendo na participação dos recursos, como o Rio de Janeiro, Centro-Oeste e a região Norte.

Os dados da Anbima foram coletadas com o próprios bancos e esta é a primeira vez que a entidade divulga informações anuais do mercado de private banking. O objetivo da entidade é fazer estatísticas regulares desse mercado, que até o ano passado não tinha dados consolidados. Ao todo, 22 bancos passaram informações à Anbima.






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