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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Terça - 08 de Fevereiro de 2011 às 14:31

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O presidente equatoriano, Rafael Correa, está sendo acusado de ter acobertado um negócio ilícito de seu irmão, que teria obtido contratos públicos de cerca de US$ 700 milhões de maneira imprópria.

Fabrício Correa, irmão mais velho do presidente, teria obtido vários contratos para obras públicas em diversos setores, violando normas antinepotismo. A revelação foi feita pela comissão de investigação Veeduría Ciudadana, criada em 2009 a pedido do governo para examinar os negócios de Fabrício.

A existência de contratos entre o irmão do presidente e o Estado já havia sido denunciada anteriormente por meios de comunicação locais, mas Fabricio negara tudo, argumentando que haviam sido obtidos legalmente, por meio de licitação.

"Temos quatro vídeos e áudios que podem testemunhar que o presidente Correa sabia muito bem sobre os contratos", disse à Reuters Pablo Chambers, coordenador do Veeduría Ciudadana.

O presidente nega as acusações de que sabia dos contratos e pediu que o grupo apresente as provas. "Vamos responder legalmente a eles. Já estou cansado", disse presidente Correa a jornalistas no fim de semana.

O informe do grupo chega num momento em que o governo perdeu apoio a seu programa na Assembleia Nacional por causa da divisão entre seus partidários sobre a realização de uma consulta popular para reformar o sistema judicial do país.

Chambers garante que no relatório do Veeduría Ciudadana consta a existência de mais de 40 contratos que custam ao Estado cerca de US$ 143 milhões, os quais foram entregues a empresas vinculadas a Fabricio em condições excessivamente favoráveis.

"Não estamos dizendo que o presidente tinha relação com os contratos o que se beneficiou dos contratos. Estamos dizendo que ele sabia deles", acrescentou Chambers.

Uma porta-voz de Fabricio disse à Reuters que não há posição oficial do empresário no momento.






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