Caso seja condenado o médico Ubiratan Barbalho pode deixar de exercer a atividade médica.
CRM julga médico acusado de vender atestados para Pms
O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso julga nesta terça-feira o médico psiquiatra, Ubiratam de Magalhães Barbalho. Ele foi flagrado emitindo atestados para funcionários públicos que aparentemente não estavam doentes. O médico também é suspeito de vender os atestados.
O pleno do CRM vai apreciar um relatório elaborado por uma sindicância que apurou as denúncias contra o médico. Segundo o presidente do conselho, Arlan Azevedo, o médico poderá sofrer uma interdição cautelar, ou seja, deixar de exercer a atividade médica caso as acusações de infrações éticas sejam comprovadas.
Auditoria
O governo do Estado instaurou uma comissão especial para analisar cerca de 2 mil processos de licenças médicas de servidores estaduais foi instituída pelo governo do Estado. Seis auditores estaduais vão analisar as licenças concedidas ao longo dos últimos três anos.
A auditoria pretende identificar prováveis fraudes nos processos de concessão de licenças médicas, assim como identificar e quantificar qualquer possível dano ao tesouro público e propor soluções para as eventuais falhas nos processos, procedimentos e fluxos para a concessão de licenças médicas do Poder Executivo Estadual.
Fraudes
O governo também começou a fazer um levantamento de quantos servidores estariam afastados de suas funções, após ser notificado pelo Ministério Público. A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público pediu a investigação dos servidores afastados com atestados fornecidos pelo psiquiatra Ubiratan Barbalho.
Em lista divulgada pela Secretaria Estadual de Administração, atualmente 2.202 servidores estão afastados por algum tipo de doença. Só na Secretaria Estadual de Educação (Seduc) 1.216 servidores foram afastados. Outros 108 servidores da Polícia Civil e 282 da Polícia Militar estão parados. A secretaria ainda está levantando quantos desses laudos foram emitidos pelo doutor Ubiratan.
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