Brasil e Venezuela definem habitação e planos agrícolas como prioridades
Os programas de habitação e os planos agrícolas em território venezuelano serão o foco principal no início da nova etapa nas relações entre Venezuela e Brasil, definiram em Caracas os chanceleres dos dois países.
Os ministros das Relações Exteriores da Venezuela, Nicolás Maduro, e do Brasil, Antonio Patriota, se reuniram na segunda-feira na capital venezuelana para traçar o mapa da rota que seguirão as duas nações de agora em diante, na primeira reunião deste nível após Dilma Rousseff chegar ao poder.
"Decidimos priorizar o tema da construção e financiamento de imóveis e o desenvolvimento da produção agrícola na Venezuela como prioridades desta etapa que inicia agora", disse Maduro à imprensa após a visita de cortesia que Patriota fez ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez.
Os chanceleres anunciaram que nas próximas semanas haverá uma série de reuniões para dar forma às decisões tomadas nesta segunda-feira, que, além disso, servirão como agenda de trabalho para a visita de Chávez a Dilma, o que ainda não tem data definida.
"Há um intenso programa de reuniões para quando Chávez se reunir com Dilma no Brasil, o que esperamos que seja muito em breve, para que possam avaliar o que estamos fazendo e programar nossa relação para o futuro", disse Patriota.
O chanceler brasileiro disse que também foi discutida a incorporação definitiva da Venezuela ao Mercosul assim como o plano de impulsionar cada vez mais a União das Nações Sul-Americanas (Unasul).
"Falamos do Mercosul, para conseguir o mais imediato ingresso da Venezuela, e também da Unasul, para ver como trabalhamos juntos, porque é um grande momento para que a América do Sul se transforme em uma grande zona econômica e de convênio político", manifestou Patriota.
"Expressamos ao chanceler Patriota que nestes últimos oito anos o presidente (Hugo) Chávez e o presidente (Luiz Inácio) Lula (da Silva) chegaram a uma visão conjunta de nossa região", disse Maduro, acrescentando que espera que esta relação se mantenha "para a construção de um mundo novo".
Em 2010, a troca comercial bilateral chegou a US$ 4,68 bilhões, representando aumento de 9,5% com relação a 2009. A balança foi positiva ao Brasil em mais de US$ 3 bilhões.
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