Família confirma libertação de executivo do Google no Egito
O executivo do Google Wael Ghonim, que foi dado como desaparecido no Cairo, foi libertado e estava a caminho de casa, afirmou à Reuters um membro de sua família na segunda-feira.
"Sim, conversamos com Wael. Ele foi solto e está indo para casa", afirmou o familiar. Não estava claro quem ou qual organização o manteve preso.
A rede de televisão Al Arabiya noticiou mais cedo que Ghonim foi solto e estava indo para a praça Tahrir, onde há semanas manifestantes protestam contra o governo.
Questionado se Ghonim iria para a praça, o familiar respondeu que "ele está indo para casa".
O presidente da Orascom Telecom, Naguib Sawiris, disse no domingo que autoridades o haviam prometido que Ghonim, diretor de marketing do Google para Oriente Médio e Norte da África, seria libertado.
Na semana passada, o Google disse que Ghonim não era visto desde 27 de janeiro e começou uma busca pública por seu diretor, disponibilizando um número de telefone para receber informações sobre ele.
Ativistas disseram que Ghonim esteve envolvido na fundação do "Nós Todos Somos Khaled Said", um grupo antitortura criado no Facebook depois que um ativista, segundo um grupo de direitos humanos, foi espancado até a morte pela polícia na cidade portuária de Alexandria. Dois agentes estão sendo julgados no caso.
O irmão de Ghonim, contatado pela Reuters, disse que a família havia visto a notícia da Al Arabiya, mas que não tinha mais informações.
Protestos sem precedentes durante o governo de 30 anos do presidente Hosni Mubarak tomam conta do país mais populoso do mundo árabe desde 25 de janeiro.
O Google chegou a lançar um serviço para ajudar os egípcios a usarem o Twitter, apesar das restrições impostas pelo governo do Egito. Os usuários ligam para um número de telefone e deixam uma mensagem de voz que, então, é publicada no site de microblogs.
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