BC agressivo e cena externa dão fôlego ao dólar
Pelo quarto dia seguido as ordens de compra foram maioria no mercado de câmbio local. Nesse período, o preço da moeda já subiu 0,96%. Nesta segunda-feira, o dólar comercial ganhou 0,23% e fechou a R$ 1,680 na venda. O giro estimado para o interbancário totalizou US$ 1,4 bilhão.
Na roda de pronto da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) o dólar pronto avançou 0,23%, para R$ 1,6788. O volume caiu de US$ 319,25 milhões para US$ 244,75 milhões. Também na BM&F, o dólar para março apresentava alta de 0,29%, a R$ 1,6875, antes do ajuste final de posições.
Segundo o superintendente de tesouraria do Banco Banif, Rodrigo Trotta, a tendência de médio prazo do dólar ainda seria de queda e o mercado seria claramente vendedor não fosse um Banco Central (BC) claramente agressivo, que tem atuado fervorosamente e diariamente para defender a cotação do dólar.
"Isso tem que ser levado em consideração. Por mais que a tendência seja de apreciação do real, é muito difícil de brigar contra a autoridade monetária", diz. Hoje, o BC efetuou o leilão de compra a termo anunciado na sexta.
O montante movimentado nas operações não foi divulgado. A operação com vencimento em 16 de fevereiro, teve corte de R$ 1,6796. O leilão para 23 de fevereiro teve taxa de R$ 1,6834. E o vencimento para 09 de março ficou em R$ 1,6889. O BC também realizou duas compras no mercado à vista.
Ainda de acordo com Trotta, uma novidade no cenário é que o Banco Central ganhou um aliado no câmbio. A percepção de firme melhora da atividade nos Estados Unidos resulta em aumento nos juros americanos e consequente aumento na demanda por dólar em âmbito global.
Dentro desse contexto, diz Trotta, conforme o BC ganhar mais aliados contra o dólar baixo, cresce a chance de alguma mudança de tendência para a moeda no mercado local.
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