Por falta de habilidade política, obras da Copa estão praticamente comprometidas
O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT), Luiz Antônio Pagot, confirmou neste final de semana que até agora o Governo de Mato Grosso não concluiu os procedimentos burocráticos para assinatura de convênio visando a construção de obras de mobilidade previstas no acordo com a FIFA com vistas a Copa 2014. Isso significa que essas obras podem não ter início em 2011, até porque Mato Grosso perdeu o prazo para inseri-las no PAC II e agora a contagem é regressiva para o estado perder R$ 380 milhões.
Para Pagot, que esteve este final de semana em Cuiabá, o que faltou, na verdade, foi habilidade política das lideranças mato-grossenses neste processo. Ele comentou que, inclusive, já teriam sido alertadas por diversas vezes, sem sucesso.
O atraso representará uma crise junto à FIFA porque quando da escolha de Cuiabá para sub sede dos jogos da Copa 2014 ficou acordado já para 2011 a construção de viadutos e trincheiras nas Avenidas Miguel Sutil e Fernando Corrêa, em Cuiabá, e Dom Orlando Chaves e FEB, em Várzea Grande
A situação agora está sendo motivo de aflição. Tanto que o governador do Estado, Silval Barbosa (PMDB) tenta uma audiência amanhã (09) com a presidente Dilma Rousseff e com o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento. O governador também vai cobrar da presidente o cumprimento de promessa feita em fevereiro do ano passado de liberar R$ 448 milhões para as obras do BRT (Bus Rapid Transit).
O que há de concreto ate agora em relação às obras de mobilidade urbana para Cuiabá e Várzea Grande é que o Estado conseguiu financiamento junto à Caixa Econômica Federal. São três convênios que garantem um aporte de R$ 454 milhões, acrescidos da contrapartida estadual de R$ 34 milhões, totalizando R$ 488 milhões. Os recursos permitirão a implantação de obras estruturantes de corredores do transporte coletivo em Cuiabá e Várzea Grande.
Verbas para mobilidade no entorno da Arena Patanal, num total de R$ 140 milhões, e para duplicação da Rodovia Mário Andreazza, incluindo a ponte, no valor de R$ 360 milhões, devem ser viabilizadas por meio do BNDES e a expectativa seria do Governo Federal liberar recursos para as obras de travessia urbana em Cuiabá e Várzea Grande, em torno de R$ 380 milhões.
Como governo do Estado e lideranças mato-grossenses demoram para administrar as questões políticas, aparar as arestas com a presidente Dilma Rousseff, o risco agora de que esses R$ 380 milhões não cheguem a Cuiabá este ano.
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