Conselhos negam que frei desviou dinheiro da Igreja
A coordenação dos conselhos Pastoral e Paroquial e de Assunto Econômico da Igreja Nossa Senhora Mãe dos Homens, a qual o frei Erivan Messias da Silva, acusado de pedofilia, era pároco, nega qualquer desvio de recursos da paróquia por parte do frei, expulso na semana passada pela Arquidiocese de Cuiabá.
Informam, por meio de nota, que os freis não têm acesso às finanças da paróquia de forma isolada e que as prestações de contas são feitas pelo Conselho Econômico e fiscalizadas pelos próprios conselheiros e pela Arquidiocese.
Os coordenadores Neide Maria Rodrigues da Silva e Carlos Roberto Vendrame contestam as especulações de que o frei teria desviado cerca de R$ 800 mil do setor financeiro da paróquia.
Apesar de defendê-lo nesse caso, os conselhos manifestam repúdio à postura do frei que vai contra os preceitos da Igreja Católica. Ele foi preso no dia 1º deste mês saindo de um motel, em Várzea Grande, com uma garota de 16 anos, com quem teria um relacionamento afetivo.
Confira abaixo a íntegra da nota:
PAZ E BEM!
Caríssimos Paroquianos da Paróquia Nossa Senhora Mãe dos Homens.
Nós coordenadores do CPP – Conselho Pastoral Paroquial e CAE – Conselho de Assunto Econômico, desta Paróquia, diante dos fatos lamentáveis ocorridos no dia 31 de janeiro do corrente ano, vimos através da presente, esclarecer a posição destes conselhos:
1) Surgiram algumas notícias caluniosas e sensacionalistas, referente a valores desviados, o que não procede, pois a administração dos recursos financeiros, não são administrados pelos freis, e sim pelo CAE, que em sua estrutura é formada por representantes de cada comunidade, e os pagamentos são feitos com cheques nominais e débitos em conta mediante nota fiscal, e boletos;
2) Os Freis não têm acesso a finanças da Paróquia isoladamente, as prestações de contas são feitas pelo CAE e fiscalizadas pelos Conselheiros e pela Mitra Arquidiocesana de Cuiabá;
3) Todos os freis têm salário, para que possam se manter, como todo trabalhador;
4) Queremos deixar bem claro, que estes conselhos repudiam veemente a conduta do Frei Erivan, no caso com a menor, fato único imputável a ele, cuja pena está sendo aplicada pelos seus superiores, e a justiça, inclusive com a prisão “ilegal”.
Este é um momento difícil para todos os paroquianos, e para a Igreja de Cuiabá, portanto, pedimos que todos orem, para que fatos destes não ocorram, e nunca devemos pré-julgar ninguém sem provas, e não podemos esquecer que a IGREJA É SANTA, FORMADA POR HOMENS FRACOS QUE PODEM PECAR.
Cuiabá, 03 de fevereiro de 2011
Neide Maria Rodrigues da Silva
Coordenadora do CPP
Carlos Roberto Vendrame
Coordenador do CAE
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