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Internacional
Sexta - 04 de Fevereiro de 2011 às 22:08

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Um jornalista egípcio que havia se ferido ao fotografar os violentos confrontos que tomam conta do centro do Cairo e de outras cidades há 11 dias morreu em consequência dos ferimentos, informou o jornal estatal "Al Ahram" nesta sexta-feira.

De acordo com o jornal, o repórter Mohammed Mahmoud, 36, estava tirando fotos da sacada de sua casa, em um ponto próximo da praça Tahrir --epicentro da violência-- quando foi aparentemente atingido por um franco-atirador. Segundo a versão on-line do jornal, ele morreu no hospital nesta sexta-feira.

Conforme as informações, Mahmoud trabalhava como repórter para o "Al Taawun", jornal editado pelo mesmo grupo editorial que o "Al Ahram".

Centenas de milhares continuam nas ruas do Cairo e de outras cidades, pedindo a queda de Mubarak, que está há quase 30 anos no poder. O principal centro dos protestos é a praça Tahrir, no centro da capital.

A manifestação estava sendo realizada pacificamente no Cairo nos primeiros dias, e os partidários do presidente --que provocaram confrontos violentos nesta quarta e quinta-feira-- não estavam visíveis perto da praça, onde o Exército mobilizou dezenas de veículos. O movimento de contestação, chamado "Sexta-feira da Partida" esperava reunir 1 milhão de pessoas no país, no 11º dia da revolta que já deixou ao menos 300 mortos e milhares de feridos, segundo a ONU.

"É um movimento egípcio. Todo mundo participou, tanto muçulmanos como cristãos, para exigir os direitos que lhes roubaram", declarou o imã que liderou a oração, identificado como Khaled al Marakbi pelos fiéis reunidos na praça.

A oração ocorreu sob os olhares atentos dos militares, mas de maneira pacífica após dois dias de violentos confrontos entre manifestantes da oposição e apoiadores de Mubarak, no poder há 30 anos.

O ritual, dirigido por um imame, foi seguido com grande fervor por manifestantes da oposição que estão chegando maciçamente ao local. Em seu sermão, o imame solicitou orações pelos mortos da revolta popular um pedido que foi seguido com lágrimas por muitos dos participantes do ato.

Tão logo acabou a cerimônia, as pessoas começaram a gritar "vá embora, vá embora já" para pedir a renúncia de Mubarak.

Além do Cairo, muitos egípcios também foram às ruas de outras cidades do Egito -- dezenas de milhares em Alexandria (norte), 10 mil em Menoufiya (norte), 20 mil em Mahalla (delta do Nilo), 5.000 em Suez (leste), 5.000 em Assiout (centro) e dezenas de milhares em Luxor (sul), segundo fontes da segurança.






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