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Quinta - 03 de Fevereiro de 2011 às 17:19

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As cidades de Canarana e Matupá estão entre as 10 cidades do Brasil que registraram os maiores volumes acumulados de chuva entre os meses de dezembro de 2010 e janeiro de 2011. Canarana (838 quilômetros de Cuiabá) é a segunda cidade no ranking com o acumulado de 899,1 milímetros nos dois meses, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). É como se cada metro quadrado da cidade tivesse recebido, em janeiro e dezembro, 899 litros de água.

Matupá, localizada a 696 quilômetros da capital, ocupa o 6º lugar no ranking, com 838,3 milímetros de chuva. Em balanço do Inmet divulgado em janeiro, Matupá aparecia como a 5ª cidade brasileira com o maior acumulado de chuva em um único dia com o índice de 158,2 milímetros, em 17 de janeiro deste ano.

No primeiro lugar no ranking de acumulados de chuva está a cidade de Resende (RJ), que registrou entre os meses de dezembro de 2010 e janeiro de 2011, chuvas de 1.001 milímetros.

O ranking dos municípios com maior acumulado de chuva nos dois meses foi elaborado levando em consideração as cidades com os maiores acumulados registrados em dezembro e as cidades com os maiores acumulados em janeiro, de acordo com as estações meteorológicas monitoradas pelo Inmet.

“A distribuição de chuva pelo Brasil não é uniforme, por isso é possível que uma cidade que tenha registrado grandes acumulados de chuva em janeiro tenha tido pouca chuva em dezembro, como é o caso de Fortaleza, por exemplo (que registrou 76,4 mm de chuva em dezembro, e 667,6 mm em janeiro). A capital cearense figura entre o ranking das cidades com mais chuva em janeiro, mas levando-se em consideração a soma dos dados de dezembro e janeiro, não fica entre as que cidades com maiores acumulados”, explicou ao G1 o meteorologista Luiz Cavalcanti, do Inmet.

A melhor forma de comparar o comportamento das chuvas pelo país, de acordo com Cavalcanti, é levar em consideração a média esperada para cada mês. Essa média é calculada com base em um histórico de chuvas em um período de 30 anos, em cada cidade, no mês em questão.

A meteorologista Ester Regina Ito explica que a chuva acima da média histórica em áreas do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do país não pode ser atribuída a nenhum fenômeno climático específico.

"Nós temos o La Niña causando chuvas abaixo na média no extremo Sul e acima da média no extremo Norte, mas nas demais áreas do país não há nenhum fenômeno específico. As chuvas, em geral, estão mesmo acima da média, mas essa condição de irregularidade é esperada, pode ocorrer ao longo da história", diz Ester, do Grupo de Previsão Climática do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Cptec/Inpe).

A formação de sistemas meteorológicos específicos que favoreçam condições de chuva pode justificar os temporais acima da média em algumas áreas. "Estamos com a atmosfera quente nesta época do ano, e a associação de calor e umidade causa essas chuvas que temos visto. As chuvas ocorrem em forma de pancadas, e por isso são mais intensas", afirma o meteorologista José Felipe Farias, também do Cptec/Inpe.

Farias explica que as chuvas acima da média histórica podem ocorrer devido às temperaturas também acima da normal climatológica no Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do país.

Cuiabá

Cuiabá registrou nesta quinta-feira maior chuva do ano na capital. Segundo o 9º distrito de meteorologia, choveu nessa madrugada 118.9 milímetros, o que representa que em cada metro quadrado caiu o equivalente a 118 litros de água.

De acordo com o Inmet, a média normal de chuva para fevereiro em Cuiabá é de 199 milímetros. O grande volume acumulado de ontem para hoje correspondeu a 60% da média de chuva normal para o mês na capital e foi a maior quantidade de chuva registrada em 24 horas na cidade desde janeiro de 2007. Entre 21 e 22 de janeiro de 2007 o Inmet registrou 142,4 milímetros de chuva.






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