Ganha força proposta de plebiscito sobre mudança do nome de MS
Troca do nome de Mato Grosso do Sul. O tema divide opiniões: algumas autoridades acreditam que o Estado perde dinheiro com a constante confusão entre MS e Mato Grosso, outros acreditam que o governo deveria investir mais em divulgação sem necessitar mudar de nome. Porém, o que todos consideram essencial é realizar um debate em conjunto com a população sul-mato-grossense.
“Bonito e Pantanal são mais conhecidos no Brasil e no mundo que o nome de Mato Grosso do Sul. O que deve ocorrer é um debate, sem focar emoções ou saudosismos, onde vamos analisar os prejuízos da confusão entre os estados-irmãos, aí depois podemos pensar na mudança de nome”, analisa Augusto Mariano, secretário de turismo de Bonito, cidade eleita nove vezes melhor destino de ecoturismo brasileiro.
Mesmo com a possível mudança do nome Augusto propõe que o governo estadual realize um trabalho de divulgação do nome do estado, para “massificar a marca da região” no Brasil. Trabalho, segundo ele, não realizado até o momento.
Plenamente a favor da mudança do nome de MS, o presidente da Fiems (Federação das Indústrias do Estado de MS) Sérgio Longen, também concorda que autoridades e população debatam sobre os prós e contras de uma possível alteração nominal.
“Defendo que este debate envolva as comunidades para que a população possa dar sua opinião. É fundamental este comprometimento”, comentou Longen.
O governador André Puccinelli (PMDB) afirmou, semana passada, que aceita rediscutir a mudança de nome do Estado. Pela primeira vez, ele afirmou que admite colocar o assunto em discussão e a posição foi comentada com destaque pela imprensa de Mato Grosso.
Já sua vice, Simone Tebet (PMDB), comentou que, como cidadã é contra a mudança do nome de Mato Grosso do Sul, mas, como vice-governadora aceita o plebiscito.
O presidente da Assembleia Legislativa, Jerson Domingos, também peemedebista, se manifestou contrário à proposta. “Precisamos divulgar o nome de Mato Grosso do Sul”, opinou.
A historiadora Alisolete Weigartner adverte sobre os cuidados a serem tomados em um possível plebiscito: “uma discussão deveria ouvir a população, e não ficar só nas autoridades e empresas de turismo, mas esse procedimento é muito complicado no país”.
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