No início da noite de terça-feira (1º), um armário com o nome de outro operário havia sido encontrado pela equipe de buscas. Além do armário, haviam sido retirados dos escombros roupas, bota e capacete.
O operário resgatado nesta quarta-feira é a segunda vítima da tragédia. No domingo (30), o corpo de uma mulher de 67 anos foi retirado dos escombros. Ela era moradora de uma das casas próximas ao prédio.
O prédio, que estava em construção, ficava na Travessa 3 de Maio, entre as avenidas Magalhães Barata e Governador José Malcher. O Ministério Público (MP) instaurou um inquérito civil para apurar as responsabilidades pelo desabamento do prédio.
Investigações
De acordo com a Agência Pará de Notícias (órgão de comunicação do governo do Pará), os primeiros pedaços de entulhos recolhidos do edifício que desabou chegaram à sede do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves na terça-feira. Com o material serão realizados os procedimentos que resultarão no laudo técnico oficial sobre o desabamento.
Na segunda-feira (31), o MP cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da empresa responsável pela obra a fim de reunir toda a documentação referente à construção do edifício para ajudar na apuração das causas da tragédia.
Obras regulares
Segundo José Viana, presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) do Pará, a obra do prédio estava regular e estaria em fase de acabamento.
De acordo com a Agência Pará de Notícias, o proprietário da construtora responsável negou que houvesse irregularidades na obra. Em entrevista concedida no domingo, na sede da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), ele garantiu que a construção estava aprovada e regulamentada. O empresário disse que a empresa aguardará o laudo sobre as causas do desabamento.
Os familiares das vítimas do desabamento serão indenizados, ainda segundo o proprietário da empresa.
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