Segundo o IBGE, essa é a maior expansão anual da produção industrial observada desde 1986, quando o crescimento registrado fora de 10,94%. Segundo o IBGE, sua base de dados relativos à pesquisa industrial existe desde a década de 1970.
Neste ano
Os primeiros seis meses de 2010 registraram crescimento mais expressivo (16,2%) do que o verificado no semestre seguinte (5,6%), na comparação com o mesmo período de 2009, "reflexo não só da baixa base de comparação, decorrente dos efeitos da crise econômica internacional no final de 2008, mas também do menor dinamismo do setor industrial no último trimestre de 2010 (3,3%)", disse o IBGE, por meio de nota.
No fechamento de 2010, foi verificado perfil generalizado de crescimento, 25 dos 27 setores registrando crescimento. As maiores influências partiram de dos setores de veículos automotores (24,2%) e de máquinas e equipamentos (24,3%). Em seguida, aparecem metalurgia básica (17,4%), indústrias extrativas (13,4%), outros produtos químicos (10,2%), produtos de metal (23,4%), alimentos (4,4%), borracha e plástico (12,5%) e bebidas (11,2%).
Na contramão, tiveram queda os setores de produtos do fumo, 8%, e de outros equipamentos de transporte, com queda de 0,1%.
Por categorias de uso, o maior avanço foi visto no setor de bens de capital (20,8%), "influenciada pela recuperação dos investimentos e da confiança dos agentes econômicos", seguida por bens intermediários (11,4%), "refletindo principalmente a maior demanda por insumos industriais para a produção de bens finais, juntamente com a recuperação em parte da demanda internacional por commodities".
De novembro para dezembro
Dos setores pesquisados pelo IBGE, 15 registraram alta e 11, queda. Os maiores destaques partiram do setor de material eletrônico e equipamentos, com recuo de 13,3%, seguido pelo de metalurgia básica (-4,2%), edição e impressão (-2,5%), celulose e papel (-1,5%), farmacêutica (-1,5%) e outros equipamentos de transportes (-2,1%).
No sentido inverso, a produção dos seguintes setores apresentou crescimento: máquinas e equipamentos (1,8%), outros produtos químicos (1,5%), minerais não metálicos (2,0%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e outros (9,7%) e máquinas para escritório e equipamentos de informática (3,9%).
Entre as categorias de uso, seguiram com resultado negativo os setores de bens de consumo duráveis (-0,6%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-0,4%).
Na comparação anual
Em dezembro de 2010, na comparação com novembro, a produção industrial registrou aumento de 2,7%, com 19 dos 27 setores pesquisados apresentado crescimento. As maiores influências partiram da expansão de 12,1% de veículos automotores, seguido por indústrias extrativas (10,4%), máquinas e equipamentos (6,2%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (15,1%), minerais não metálicos (7,0%), bebidas (5,6%) e outros equipamentos de transporte (12,3%).
A principal contribuição negativa partiu do setor de material eletrônico e equipamentos de comunicações (-28%), seguido por farmacêutica (-8,8%), metalurgia básica (-4,3%) e alimentos (-1,4%).
As quatro categorias de uso registraram taxas positivas, com maior influência para bens de capital (6,2%) e bens de consumo duráveis (6,0%).
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