Prefeito diz que vice fabrica provas e é "chefe" de quadrilha
Depois de ter sido alvo de uma série de denúncias feitas pelo próprio vice Geraldo Victor de Freitas (PTB), o prefeito de Novo Santo Antônio, Waldemir Antônio da Silva (PMDB), não economizou críticas. "Ele (Geraldo) que é o chefe dessa quadrilha e eu posso provar", reagiu o peemedebista, que foi acusado de ter "comprado" apoio político de vereadores com dinheiro da prefeitura e de ter solicitado notas fiscais falsas em nome do município para quitar um empréstimo da campanha eleitoral.
A "quadrilha" a que o prefeito se refere é o grupo político que apoia Freitas, formado pelo ex-secretário de Agricultura, Walquir Ferreira Silva, o ex-controlador interno, Alcione Carvalho da Costa, o assessor jurídico, Acácio Alves Souza, e pelo médico veterinário de pré-nome Márcio, que segundo o prefeito, se mudou para a cidade há pouco tempo e não é conhecido por ninguém na região.
Waldemir os acusa de fabricar provas para tirá-lo do cargo chegando, inclusive, a pagar pessoas para que prestassem depoimento contra ele. De acordo com o prefeito, até mesmo seu sobrinho e seu cunhado foram alvo da tentativa de suborno. "Ele ofereceu R$ 1 mil para meu sobrinho depor contra mim no Ministério Público", se defende o prefeito. Ele acusa Freitas ainda de ter pedido, logo depois do resultado das eleições, cerca de R$ 25 mil para quitar sua casa. "Neguei. Eu que sou prefeito estava morando de aluguel", ressaltou.
Sobre as acusações de ter dado dinheiro a alguns vereadores, Waldemir confirmou a versão que o presidente da Câmara, José Pontes (PMDB), já havia dado, numa nota encamnhada ao RDNews. De acordo com ambos, o dinheiro pago em cheques da prefeitura foi destinado a viagens que os parlamentares precisaram fazer a Cuiabá. Na época, a Câmara estava acumulava dívidas e as diárias não puderam ser pagas pelo próprio Legislativo. "Esses valores estão registrados e eu confirmei em depoimento que paguei mesmo. Nunca briguei com nenhum vereador por causa dos meus projetos. Quando eles não aceitam, eu acato a decisão", garantiu Waldemir.
O prefeito também se defendeu das acusações dos empresários e biomédicos Ricardo Borges da Cunha e Andréia Gonçalves de Araújo, proprietários do laboratório Vita D"cor, sediado em Goiânia, Capital de Goiás. Segundo eles, Waldemir teria solicitado que eles emitissem notas fiscais frias em nome da prefeitura para justificar a retirada de dinheiro dos cofres municipais. O valor se referia ao pagamento de um empréstimo feito por eles ao peemedebista, durante a campanha eleitoral.
Segundo o prefeito, os empresários estariam mentindo nas declarações dadas à Comarca de São Félix do Araguaia. "As notas são de exames laboratoriais. Se eles disseram que era para pagar outra coisa estão se contradizendo", garantiu. Waldemir explicou que fez um acordo com os biomédicos, porque precisou mandar vários pacientes para a clínica de Goiânia. "Quando mandamos os pacientes para Cuiabá o tratamento demora muito e às vezes nem resolve, então mandamos as pessoas para lá", explicou.
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