A Justiça do Pará determinou a interdição do escritório da Construtora Real, responsável pela obra do Real Class, edifício de 34 andares que desabou na tarde de sábado em Belém, soterrando operários e moradores vizinhos ao local. Anteriormente havia sido divulgado que o prédio tinha 32 andares.
A juíza do plantão Judiciário do fim de semana, Diana Cristina Ferreira, concedeu liminar requerida pelo Ministério Público, para que os documentos da empresa referentes à obra fossem apreendidos para investigação do caso.
Há suspeita de que a obra havia sofrido embargos anteriores, mas que teria conseguido a liberação, mesmo com problemas técnicos. O proprietário da empresa, Carlos Otávio Lima Paes nega que havia falhas na obra e assegura que somente a perícia técnica poderá apontar as verdadeiras causas do desabamento.
À noite, o escritório da Real foi isolado pela Polícia Civil e Militar do Pará e somente pela manhã da segunda-feira, peritos do MP farão a varredura da documentação da obra do Real Class. Os PMs farão a segurança da empresa, a fim de evitar que os proprietários entrem no local para retirar a documentação e equipamentos com as provas, que poderão ajudar a vistoria. As Promotorias de Justiça do Meio Ambiente e Direito do Consumidor instauraram inquérito civil para apurar as causas do desabamento.
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