Segundo o major Augusto Sérgio Lima de Almeida, coordenador adjunto da Defesa Civil, a vítima era moradora de uma casa vizinha ao edifício que foi atingida pelo desabamento e estava desaparecida.
Cerca de 100 homens trabalharam com máquinas retroescavadeiras para retirar o material acumulado após o desabamento do edifício durante toda a madrugada e continuam na operação. De acordo com o major Lima, a corporação será reforçada a partir das 8h.
"Estamos trabalhando para encontrar as vítimas e temos fé que as encontraremos com vida", disse Lima.
Cães farejadores também estão local para ajudar na localização das vítimas. O número de pessoas soterradas é incerto. Inicialmente, a Defesa Civil informou que havia cinco pessoas embaixo dos escombros. No início da madrugada, o major disse que este número pode chegar a sete. Duas pessoas, que estavam em casas vizinhas, conseguiram sair com vida.
Equipes da Cruz Vermelha e das polícias civil e militar estão no local para ajudar na retirada dos destroços do prédio, segundo informações da Defesa Civil.
Ainda de acordo com a Defesa Civil, o prédio fica na Travessa 3 de Maio, entre as avenidas Magalhães Barata e Governador José Malcher.
Obra regular
Segundo José Viana, presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) do Pará, a obra do prédio está regular. "Pedi para analisar a documentação e está tudo certo. No que diz respeito ao controle do conselho, a construção está com todos os registros regulares."
Viana disse ainda que o prédio ao lado do que desabou será avaliado para saber se há risco de desabamento. "Não cheguei a entrar no prédio por questões de segurança. Apenas quem teve acesso so imóvel foram equipes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros. Os peritos dos bombeiros é que deveriam fazer um laudo pericial sobre a situação estrutural do prédio vizinho ao que desabou."
O presidente do Crea afirmou que o prédio estaria em fase de acabamento. "Não tenho muitas informações sobre o estágio da obra. Só sei que a construtora é conceituada, tem muitos empreendimentos de luxo já entregues em Belém, sem registro de problemas ou reclamações. Pelo que sei, o prédio estava na etapa de acabamento."
Testemunhas
A operadora de caixa Ivani Figueiredo, 40 anos, que trabalha no restaurante Rêsto do Parque, disse que ouviu o barulho do desabamento. "Como estava começando a chover, imaginei que fosse um trovão mais forte. Chegamos até a comentar aqui entre os funcionários. Um dos clientes, que estava sentado na última mesa do salão, disse que viu uma nuvem de poeira subindo depois do barulho."
Ivani afirmou ainda que alguns clientes chegaram a sair do restaurante para tirar os carros que estavam estacionados nas proximidades. "Os clientes que chegaram depois reclamaram que ficaram presos no congestionamento provocado pela interdição das ruas da região."
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