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Vôlei em “formato para TV” divide atletas no lançamento da Superliga
A temporada 2013/2014 da Superliga de vôlei foi lançada nesta quinta-feira na cidade de São Paulo, e o principal assunto do evento foi a grande novidade no regulamento do campeonato: os sets passarão a ter 21 pontos (menos o tie-break, ainda com 15), no intuito de encurtar a duração das partidas e tornar a transmissão “mais saborosa” para o público. A medida, porém, dividiu opiniões entre os principais atletas nacionais.
O formato compacto foi colocado em prática no Campeonato Paulista e será adotado também para esta temporada da Superliga. Além da redução dos sets, também haverá alteração nas paradas técnicas: não mais quando uma equipe atingir os pontos 8 e 16 do set, mas com 7 e 14.
“É um teste. Há várias vertentes e escolhemos um a delas. Se a Federação Internacional (FIVB) não aceitar, voltaremos à regra normal”, explicou Renato D’Ávila, superintendente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). “Há uma disputa muito grande para outros eventos esportivos nas grades de programação das televisões. Estamos em um caminho de manter o que já se conquistou, mas certamente é um passo importante para obter mais espaço ainda, uma vez que estamos nos adaptando às necessidades dos veículos de comunicação”, acrescentou.
Entre atletas e treinadores, contudo, o clima era de apreensão a respeito da nova regra. Era difícil encontrar algum jogador que se empolgasse de imediato com a alteração no formato das partidas – os que não se mostrassem contra logo de cara preferiam esperar um pouco para poder dar uma opinião mais embasada.
“Quebrou a estrutura do jogo, e eu particularmente estou tendo muita dificuldade para me adaptar a isso”, reconheceu Marcos Pacheco, técnico da equipe masculina do Sesi. “Antes, com 25 pontos, havia um timing de fazer inversão, arriscar, mexer no time... estou tendo muita dificuldade e ainda não me adaptei completamente. Hoje, tecnicamente, eu não gostei. Existia uma necessidade, ok. Talvez daqui dois meses eu mudede opinião, mas hoje eu não gostei, ainda não me sinto confortável”, emendou.
“Não sabemos ainda como vai ser, se bom ou ruim, estão todos esperando. Preferimos esperar o campeonato começar para opinar melhor”, destacou a ponteiro Gabi, do Unilever, acompanhada pela líbero Fabi. “O vôlei é um esporte que está sempre tentando mudar para crescer. Houve mudanças para todos nos últimos tempos, mas se essa alteração trouxer equilíbrio, a FIVB terá atingido o objetivo”, destacou.
A Superliga, que chega à 20ª temporada, será realizada entre os meses de setembro e abril. No total, o campeonato terá a participação de 520 atletas, que farão, ao longo de oito meses, um total de 354 partidas.
São 26 equipes participantes na competição, sendo 14 na Superliga feminina e 12 na masculina. Nesta primeira fase, as equipes se enfrentam em turno e returno e as oito melhores avançam para os playoffs, em série melhor de três. Apenas a final terá jogo único.
A primeira partida da Superliga será realizada neste sábado, com a partida entre Sada Cruzeiro e São Bernardo, em Minas Gerais, às 21h30 (de Brasília). A competição feminina, por conta do término recente do Grand Prix, tem início apenas no final do mês, em 27 de setembro.
Fonte:
Terra
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