Em 2 anos, Novacki é rebaixado de patente e vira assessor parlamentar

O braço-direito do governo Blairo Maggi, Eumar Novacki, viu seu status cair nos últimos dois anos, passando de secretário de Estado a assessor parlamentar em Brasília. Ele chegou a acumular duas pastas na gestão Maggi, quando respondia pela Casa Civil e pela secretaria de Comunicação.

Se tornou homem de confiança de Maggi, de quem foi ajudante de Ordens desde a chegada da turma da botina ao Palácio Paiaguás, em 2003. Porta-voz do governo, Novacki atingiu o auge também em sua carreira militar "meteórica" sendo promovido de major a tenente-coronel e, logo em seguida, a coronel. Chegou a ter o salário equiparado ao do governador, recebendo mais de R$ 13 mil por mês.

Por decisão judicial, no entanto, Novacki foi rebaixado, tendo a promoção anulada, e voltou a ocupar o posto de major da PM. A "queda" não ocorreu apenas na carreira militar.

Na vida política, iniciada logo no começo do primeiro mandato de Maggi frente ao Palácio Paiaguás, Novacki chegou ao topo após começar "de baixo", como chegou a afirmar o próprio ex-governador, que se elegeu senador com mais de 1 milhão de votos em outubro de 2010 e decidiu "carregar" o ex-secretário para seu gabinete em Brasília.

A transferência de Eumar Nocacki ao Senado não o prejudicou na carreira militar, porque a convocação partiu do próprio Congresso Nacional, a pedido do novo senador.

A exemplo do que fez o também senador Jayme Campos, que requisitou a transferência para seu gabinete do empresário Paulo Lúcio Fontes de Almeida, que desde maio de 2007 deixou de cumprir expediente na Receita Federal para trabalhar como assessor parlamentar, mas que no dia-a-dia toca um restaurante localizado na Passagem da Conceição, em Várzea Grande, junto com a mãe.