Ao menos 870 manifestantes ficaram feridos, alguns deles a bala, muitos em estado grave. Cerca de 420 estavam hospitalizados.
Policiais também foram feridos, mas o número não estava imediatamente claro.
Toque de recolher
Para tentar controlar a rebelião, o governo do Egito ampliou para todo o país, o toque de recolher imposto apenas para as cidades do Cairo, de Suez e de Alexandria, mas a violência nas ruas continuava.
A ampliação foi decidida duas horas depois do primeiro toque ter sido imposto.
A medida, segundo a TV estatal, vale de 18h até 7h do dia seguinte (de 14h a 3h pelo horário brasileiro de verão).
Ela foi definida pelo próprio Mubarak, na qualidade de chefe das Forças Armadas.
Apesar disso, confrontos continuavam no Cairo e em Suez, com veículos militares armados rondando pelas ruas das duas cidades.
Fumaça erguia-se de vários pontos da cidade durante o anoitecer.
A sede do Partido Democrático Nacional, de Mubarak, estava em chamas, segundo imagens mostradas ao vivo pela TV Al Jazeera. Outros prédios também teriam sido incendiados. Manifestantes atacaram a sede da TV estatal, também segundo a Al Jazeera.
Hamada Labib el-Sayed, um motorista de 30 anos, foi baleado na cabeça quando a polícia tentava dispersar milhares de manifestantes que atacaram delegacia de Suez e morreu. Em represália, os manifestantes incendiaram oito carros da polícia e um posto policial do bairro de Arbayine.
O número de mortos em quatro dias de confrontos chegava a ao menos 13. Pelo menos mil pessoas foram presas.
Em Alexandria, o edifício sede do governo foi incendiado por manifestantes.
Mais cedo no Cairo, políciais usaram gás e jatos d"água contra manifestantes.
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