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Economia
Sexta - 28 de Janeiro de 2011 às 15:50

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O Banco Central tem feito intervenções cada vez mais intensas, e diversificadas, no mercado de câmbio doméstico. Nesta sexta, o dólar fechou na casa R$ 1,68, após mais de uma quinzena longe desse patamar, depois de que a autoridade monetária operou no chamado "mercado a termo".

Esse segmento de negócios pode ser visto como uma variação do mercado futuro, em que as trocas de moeda são liquidadas num prazo de 30 dias ou mais, em contraste com o mercado à vista, em que o fechamento das operações é feito em dois dias úteis.

"O Banco Central avisou que vai realizar um leilão no mercado a termo [na segunda-feira] e fez hoje mais dois leilões no mercado à vista, quer dizer, ele está mostrando que vai utilizar todas as ferramentas que considerar necessário para não deixar o dólar não ficar muito baixo", avalia Glauber Romano, analista da Intercam Corretora.

O dólar comercial foi negociado por R$ 1,685, alta de 0,35%, nas últimas operações desta sexta-feira, após oscilar entre R$ 1,687 e R$ 1,674. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,790 para venda e por R$ 1,620 para compra.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) recua 2,41%, aos 66.414 pontos. O giro financeiro é de R$ 5,70 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cai 1,37%.

O BC vai comprar dólar "a termo" na próxima segunda-feira, para liquidação em três datas no mês de fevereiro (dia 2, 16 e 23). Não há menção de quantias no comunicado oficial. Além desse anúncio, a autoridade monetária manteve a prática de comprar dólares nos horários habituais: por volta das 12h (hora de Brasília) e 15h30.

Especialistas também notaram um fortalecimento da moeda americana frente ao euro, principalmente depois da sondagem (Universidade de Michigan), que mostrou consumidores ainda otimistas na economia dos EUA. O índice que busca refletir essa percepção se manteve no seu nível mais alto dos últimos três anos. Nesse país, o consumo é um das maiores alavancas do crescimento econômico.

O euro, que ontem foi negociado por US$ 1,3730, recuou para US$ 1,3613 no final desta tarde. Analistas estrangeiros citavam a escalada de tensão no Egito, e os riscos de mais tensão no Oriente Médio, como um dos motivos de nervosismo da cena externa. Turbulências nessa região afetam diretamente os preços de commodities, principalmente de petróleo.

JUROS FUTUROS

No mercado futuro de juros, que serve de referência para os empréstimos nos bancos, as taxas previstas cederam nos contratos mais negociados, após a forte alta de ontem.

Entre as principais notícias do dia, a FGV apontou uma inflação de 0,79% em janeiro, ante 0,69% em dezembro. Economistas do setor financeiro projetavam uma variação de 0,75%.

No contrato para julho de 2011, a taxa projetada recuou de 11,91% ao ano para 11,90%; para janeiro de 2012, a taxa prevista caiu de 12,48% para 12,39%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa projetada passou de 12,93% para 12,85%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.






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