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Policia MT
Sexta - 28 de Janeiro de 2011 às 15:36
Por: José Ribamar Trindade

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As histórias são sempre as mesmas, só mudam os locais e os bandidos, que em alguns casos, também sãos os mesmos. Com medo, as pessoas pedem para não ser identificadas. Mas uma delas resolveu abrir a boca e, não só se identificou, como também relatou em detalhes a ação dos bandidos e a inoperância da Polícia por falta de homens para trabalhar

 Residências invadidas por bandidos armados. Famílias traumatizadas, inclusive com crianças com armas encostadas na cabeça durante assalto. Idosos espancados por bandidos. Pessoas ameaçadas com cano de revólver dentro da boca. Casas comerciais atendendo com as portas fechadas com medo do terror dos ladrões. Um roubo ou furto a cada sete minutos e um veículo roubado ou furtado a cada três horas. Esse é o atual quadro da violência dos crimes contra o patrimônio em Cuiabá e Várzea Grande. Os criminosos agem - assim como os ladrões de bancos - comparado aos cangaceiros pela extrema violência e desafio à Polícia.

 “Temos muito serviço, mas não temos o principal, que é gente para trabalhar”, afirma um policial de Várzea Grande. O número de homens que a Polícia de Mato Grosso tem é ínfima perto do  que é necessário. A defasagem é histórica. Por mais que o comando central tente dizer que tudo está melhor, a verdade é que não! Enquanto prevalecer esse número de policiais, ideal apenas para estados do tamanho do Acre, a situação de medo vai persistir. Não adianta correr!

Traumatizada, uma mulher pediu para não ser identificada. Ela já teve a casa invadida quatro vezes, três somente no ano passado e uma já nestes primeiros dias de 2011 em Cuiabá. Ela conta que os bandidos colocaram o cano de um revólver dentro da boca dela.

Ainda assustada, a comerciante que pediu para não falar nem o bairro em que mora, conta: “Foram quase dois minutos de tortura. Um dos assaltantes - três invadiram a casa dela -, colocou o cano do revólver dentro da minha boca. Ele ameaçava apertar o gatilho caso eu não mostrasse onde estava o cofre. Como eu não tinha cofre, tive de mostrar apenas onde eu guardava o dinheiro”.

Um bebê com menos de um ano teve uma arma apontada para sua cabeça durante um assalto. A mãe conta que teve de atender todas as exigências dos bandidos para não ver seus dois filhos mortos, um deles ainda de colo e o outro de dois anos dentro de sua própria residência, em Cuiabá. “Um dos bandidos apontou a arma para a cabeça do meu bebê que estava no meu colo. Foi horrível”, conta a mãe desesperada.

As histórias de famílias que sofrem nas mãos de bandidos durante assalto com invasão de residências se repetem todos os dias. Na maioria dos casos as pessoas até imploram para não ser identificadas com medo de represálias, pois os bandidos ameaçam voltar caso sejam denunciados ou até mesmo identificados.

Nesta semana apareceu um homem que teve a casa invadida logo cedo e não contou duas vezes em relatar tudo o que aconteceu durante a “estadia” dos bandidos dentro da casa dele, em Várzea Grande.

Além de pedir ajuda, a vítima narrou em detalhes sua via crucis para ser atendida pela polícia. O relato confirma o que a reportagem do Jornal do Portal 24 Horas News vem denunciando há muitos anos: faltam policiais para trabalhar.






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