Promotores apontam outra menor em escândalo que envolve Berlusconi
No sábado, o premiê disse que não renunciará por causa do escândalo
O nome de uma segunda adolescente de 17 anos que teria participado de festas que incluiriam orgias organizadas pelo primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, foi revelado por promotores italianos.
Iris Berardi já seria conhecida pela polícia italiana como prostituta e teria participado de festas em casas do primeiro-ministro na Sardenha e em Milão dias antes de completar 18 anos.
De acordo com a agência de notícias italiana Ansa, Berardi participou de uma festa em Porto Rotondo, na Sardenha, no dia 21 de novembro de 2009, dias antes de seu aniversário.
Ela também teria participado de outra festa em outra casa de Berlusconi, em Arcore, perto de Milão, em dezembro de 2009.
Usar os serviços de uma prostituta não é considerado crime na Itália, mas pagar por uma prostituta com menos de 18 anos é um delito.
Os detalhes foram divulgados a partir dos novos documentos entregues por promotores na quarta-feira a um comitê do Parlamento italiano. Berlusconi nega todas as acusações e afirma que há motivação política no caso.
Vingança
Segundo a imprensa italiana, a presença de Berardi nas casas de Berlusconi teria sido comprovada por registros de telefones celulares.
Há dez dias, os promotores italianos entregaram 386 páginas de documentos nas quais afirmam que têm provas de pagamentos feitos por Berlusconi a prostitutas. O último documento entregue pelos promotores tem 227 páginas.
A maior parte do primeiro dossiê trata de Karima El Mahroug, de 18 anos, uma dançarina marroquina - também conhecida como Ruby - que participou de festas do primeiro-ministro italiano quando ainda tinha 17 anos. De acordo com os promotores, ela teria sido paga para ter relações sexuais com Berlusconi.
Karima afirma que recebeu 9 mil euros (cerca de R$ 20 mil) do primeiro-ministro ao final de uma festa, mas diz que a quantia não era um pagamento por serviços sexuais, e sim um presente. Ela também nega ser prostituta.
Berlusconi, por sua vez, prometeu punir os magistrados que divulgaram os documentos e afirmou que eles estão movendo uma vingança política contra ele.
No último sábado, o primeiro-ministro negou a possibilidade de renunciar por causa do escândalo, que considera "uma tentativa de subverter o desejo dos eleitores".
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