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Cidades/Geral
Segunda - 24 de Janeiro de 2011 às 16:15
Por: Dayane Pozzer

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O comandante da Polícia Militar na região Sul do Estado, coronel Valdivino Tavares Pimentel, afirmou na manhã desta segunda-feira (24), durante entrevista coletiva, que a Polícia Militar e a Polícia Judiciária Civil já haviam recebido várias informações sobre supostos crimes praticados pelos policiais militares envolvidos na tentativa de assalto a uma distribuidora da Coca-Cola, na madrugada deste domingo (23), em Rondonópolis.

No entanto, apesar das denúncias, não havia nada materializado que justificasse um pedido de prisão ou autuação em flagrante dos policiais, explicou o comandante. Nesta segunda-feira, o Comando Regional irá instaurar um processo administrativo para investigar o caso. Já o Comando-Geral da Polícia Militar de Mato Grosso vai ainda analisar as informações já colhidas e repassar para a Corregedoria-Geral da Polícia Militar, que vai avaliar a instauração do Conselho de Disciplina que visa a expulsão dos servidores. Eles também vão responder pelos atos na esfera civil.

Nesta madrugada, o terceiro policial militar envolvido no crime se apresentou no Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc), acompanhado de seu advogado. Ricardo Duarte Neves, 33 anos, o soldado Duarte, se reservou ao direito de só falar em Juízo. Ele foi delatado pelo colega policial Genival Ferreira de Souza, 29 anos, que também faz parte da quadrilha e foi o único preso pela Polícia Militar logo após o crime.

Com relação à morte do terceiro policial militar envolvido, o soldado Julierne Franklin Anacleto, 28 anos, o comandante declarou que a possibilidade dele ter sido executado é grande. “Ele deve ter saído do local do crime baleado, mas ele levou um tiro depois e ele não morreu naquele local (próximo ao Córrego Canivete, onde o corpo foi encotrado). Mas as investigações estão em andamento, aí é o trabalho da Perícia, um trabalho técnico que lá na frente vai subsidiar o processo com as informações levantadas. Mas a Polícia Militar trabalha com essa hipótese dele ter sido assassinado também”, disse.

Outros crimes

Conforme o coronel, outros crimes como o de roubos a caixas eletrônicos podem ter envolvimento de um dos integrantes da quadrilha, que não é policial. José Leandro da Silva, segundo informações da Polícia, conhece os procedimentos para armar e desarmar alarmes de caixas eletrônicos. Ele foi preso neste domingo e reconhecido pelo soldado Ferreira como mais um dos integrantes. O comandante ressaltou que desconhece o envolvimento nesse tipo de crime de alguns dos policiais.

Conforme Valdivino, as investigações continuam no sentido de encontrar mais integrantes da gangue. “Não somente PM’s, como pessoas do povo também. Já que nesse primeiro momento a camionete utilizada no crime não é de policial e outra pessoa que tem participação direta no crime também não é policial. Então poderá haver outras pessoas envolvidas no crime que não são da Polícia”, pontuou.

Os policiais Genival e Ricardo serão transferidos nesta segunda para o Presídio Militar em Santo Antônio do Leverger. Os três policiais envolvidos estavam há mais de sete anos na Polícia Militar e entraram na mesma turma, em outubro de 2003. O comandante regional avaliou a situação como muito negativa, mas ressaltou a importância do trabalho realizado pela PM na prisão dos assaltantes, mesmo sendo policiais.

“A avaliação é muito negativa, isso é péssimo, é inadmissível. Mas eu volto a frisar a importância da corporação em dar uma pronta resposta. A partir do momento que a Polícia foi acionada, ela encontrou esse policial militar (soldado Ferreira), prendeu, fez o flagrante, levou até a autoridade policial com todas as informações. Era colega de trabalho, que estava trabalhando no presídio da Mata Grande. Não gostaríamos que isso tivesse ocorrido, mas ocorreu o fato e as providências foram tomadas”, declarou.

O comandante pediu também o apoio da população para repassar informações adicionais. Quem souber de mais algum fato criminoso que envolva os integrantes da quadrilha pode ligar para o 0800-653939, no serviço de emergência 190 ou ainda para o celular do oficial em serviço, que é (66) 9988-1335.






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