Operação "Lacraia": 2 integrantes da quadrilha continuam foragidos
A operação "Lacraia", como foi batizada pela Polícia Civil, não conseguiu localizar 2 integrantes da quadrilha. "Barbicha" e "Boi", cujos nomes ainda não foram identificados, também teriam participação nos 3 assaltos registrados no ano passado. Nos últimos 10 anos, as agências de bancos de Mato Grosso sofreram 10 ataques.
O delegado adjunto da Polícia Civil, Sebastião Finotto, destaca que a modalidade do "novo cangaço", que tem o foco de assaltos no interior, foi combatida. "Centralizamos todas as investigações no GCCO e isso é benéfico, porque temos informações dos assaltantes. Agora haverá um período de tranquilidade com o desmantelamento dessa quadrilha".
Segundo a Polícia, após um assalto, a quadrilha fica por cerca de 10 dias refugiada na mata, comendo rapadura e farinha.
Para o delegado titular do GCCO, Luciano Inácio, a interiorização do crime não é uma tendência apenas no Estado e que é preciso combater com investigação. "A exemplo de cangaceiros no Estado, os assaltantes se aproveitam da pouca força policial nos municípios e fazem refém o que há de mais valioso, os funcionários e usuários dos bancos".
Dos R$ 2 milhões roubados de agências nas 3 cidades do interior no ano passado pela quadrilha, apenas R$ 14, 4 mil foram recuperados. A investigação ainda não consegue apontar para onde foi o dinheiro. Segundo Luciano, em geral, as ações são marcadas quando o dinheiro dividido entre os assaltantes acaba. "No assalto de Campo Novo dos Parecis, para cada um dos 8 assaltantes foi dado R$ 110 mil".
Na busca, os policiais também apreenderam 3 pistolas, 1 carabina, 8 veículos adquiridos com dinheiro roubado, aparelhos celulares, cartões de créditos para celulares, munições, lanterna e roupa camuflada. (AA)
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