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Sábado - 22 de Janeiro de 2011 às 08:01

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O índio Edmiro Akenazokemaize, de 11 anos, morreu anteontem à noite na clínica Femina, em Cuiabá, onde estava internado em estado grave desde segunda-feira, quando foi atropelado por um caminhão. Ele estava numa picape S10 em companhia de outros índios quando o veículo apresentou problemas. Ao descer para verificar o defeito mecânico, foi atropelado por um caminhão que trafegava em alta velocidade. O acidente ocorreu próximo de uma aldeia, na cidade Campo Novo do Pareci.

Trazido em estado grave para Cuiabá, foi internado na clínica, morrendo quatro dias depois. Edmiro residia na aldeia Sacre 1, próximo a Tangará da Serra. O cacique da aldeia que estava em Cuiabá não queria que o garoto fosse necropsiado, pois iria atrapalhar o ritual fúnebre, conforme o costume da etnia.

O cacique, no entanto foi convencido por uma assistente social da Funasa que atua na Casa do Índio, em Cuiabá, e a necropsia foi realizada. “O cacique alegou que a necropsia fere o ritual que leva vários dias”, explicou um técnico em necropsia.

A assistente social explicou ao cacique a importância do exame, uma vez que é uma exigência da lei para que a polícia possa prosseguir nas investigações e chegar até o autor do atropelamento a ser processado pela Justiça.

Embora a assistente social não tenha informada a etnia de Edmiro, o enterro não acontece de imediato. Após vários dias de rituais, ele é enterrado no centro da aldeia. Ontem de manhã, uma funerária fez o translado do cadáver até a aldeia Sacre. O acidente está sendo investigado pela Delegacia de Tangará da Serra.






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