Desclassificação chega a 85% o curso de Medicina na UFMT
A avaliação na instituição é uma das melhores do país por ser considerada transparente e "justa" com os candidatos. Mas o nível é bastante rigoroso.
Há mais de 10 anos a revalidação dos diplomas dos estudantes de Medicina que se formaram em outros países é realizada pela UFMT. A prova é elaborada pela Comissão de Avaliação de Médicos em parceria com a Comissão de Vestibulares da instituição.
O diretor da Faculdade de Medicina, professor Antônio Amorim, lembra que o edital de revalidação é lançado no mês de fevereiro de cada ano, a inscrição é realizada em março e a avaliação feita em setembro.
"A Universidade Federal de Mato Grosso é uma das melhores do país nesse tipo de avaliação", garante o diretor.
No último ano, 180 candidatos conseguiram classificação com média igual ou superior a 50 pontos. Os outros 4 entraram com recurso e foram admitidos por conseguirem essa pontuação por "aproximação". A prova é constituída por 50% em questões objetivas de múltiplas escolhas e 50% por perguntas dissertativas.
Avaliação - A avaliação é realizada em 3 fases. A primeira é chamada de "análise de equivalências", em que a graduação (e as disciplinas feitas) do candidato é avaliada para saber se "encaixa" na exigência brasileira. Nessa primeira fase, os documentos solicitados devem ser todos autenticados.
Até o momento, nenhum candidato passou diretamente na primeira fase. Isso porque as disciplinas de outros países não se equivalem às do Brasil. Já a segunda fase é a avaliação escrita.
A terceira (feita com os 5 melhores colocados a partir do ponto de corte) é o estágio complementar, em que os candidatos estudam para se adequar às diretrizes nacionais. Na última fase, os candidatos fazem uma espécie de estágio no Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM), instituição ligada à UFMT.
Além de brasileiros, os candidatos da avaliação em 2010 foram formados por 17 outras nacionalidades. São: 50,17% de brasileiros; 23,28% de bolivianos; 3,35% de cubanos; 2,8% de argentinos; 0,83% de equatorianos; 0,16% de italianos; 0,16% de búlgaros; 0,5% de chilenos; 5,36% de colombianos; 0,16% de costarriquenhos; 0,33% de mexicanos; 2% de paraguaios; 9,54% de peruanos; 0,16% panamenhos; 0,16% russos; 0,16% sírios; 0,83% de uruguaios; 0,33% de venezuelanos.
Cada fase tem um custo, sendo R$ 400 (primeira); R$ 600 (segunda) e R$ 250 (terceira). Em São Paulo, por exemplo, somente a segunda fase custa R$ 1,5 mil ao candidato.
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