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Tecnologia
Terça - 18 de Janeiro de 2011 às 12:07
Por: Henrique Martin

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AFP
A Apple, com ou sem Jobs, se consolidou como formadora de tendências no mercado de computadores
A Apple, com ou sem Jobs, se consolidou como formadora de tendências no mercado de computadores

Steve Jobs, mais uma vez, se afastou da Apple para cuidar da sua saúde. Reservado, pediu que respeitem sua privacidade e a da sua família. Mas pode a Apple sobreviver sem Steve Jobs? Sim. Um líder carismático e um ícone do mercado de tecnologia como ele faz falta, sem dúvida, mas a empresa consegue seguir sem sua influência diária.

Fato é que o anúncio de afastamento de Jobs aconteceu em um feriado (com Bolsas fechadas nos Estados Unidos) e um dia antes da divulgação de resultados financeiros da empresa no primeiro trimestre, com previsão de números enormes de faturamento e lucro da Apple no período a serem descritos. Se existe algo que a Apple faz bem feito é a sincronia na comunicação de fatos - e a soma de resultados possivelmente enormes à saída de Jobs, ainda que temporária, só comprova isso.

Além disso, a Apple, com ou sem Jobs, se consolidou como formadora de tendências no mercado de computadores e, graças ao iPhone, segue como inovadora no espaço móvel (com iPhone e iPad para confirmar isso). O Android, do Google, assim como o resto dos concorrentes (RIM e, notadamente, Nokia) tentam alcançar o sucesso do iPhone.

Mesmo afastado, Jobs continua a controlar a linha de criação da Apple. É inocente pensar que somente a linha de 2011 de novos produtos (iPhone 5? iPad 2?) está em andamento na pesquisa e desenvolvimento da Apple.

Tim Cook, diretor de operações da Apple, segue novamente como substituto de Jobs no dia-a-dia da empresa: se Jobs é o supercriativo e faz questão de lidar com os produtos da empresa, Cook cuida da casa (vendas, distribuição, finanças). Não é à toa que Cook tem fama de "gente que faz": na ausência de Jobs em 2009, as ações da Apple subiram 70%, conforme nota a agência Bloomberg.

Tive a chance de estar na primeira aparição pública de Steve Jobs após o transplante de fígado, em 2009. Era o lançamento de uma nova linha de iPods e havia o rumor de que Jobs abriria o evento. Ao aparecer magro, agradeceu ao doador do fígado com a voz embargada, e disse que "voltou com tudo". Esperamos, de novo, que ele volte "com tudo" logo. Sabemos que a empresa fica bem sem ele, mas a presença de um ícone da história dos computadores (e também dos celulares) é indispensável.






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