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Saúde
Segunda - 17 de Janeiro de 2011 às 15:50

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Estudo liga uso de games a depressão, ansiedade e problemas de relacionamento
Estudo liga uso de games a depressão, ansiedade e problemas de relacionamento

Pode haver problemas por trás dos olhares fixos da garotada que dedica tempo e energia demais aos videogames. Uma pesquisa feita na Ásia com 3.000 crianças em idade escolar indicou que uma em cada dez era "viciada" em games.

Segundo os pesquisadores, apesar de as crianças já apresentarem problemas comportamentais, o uso excessivo de videogames aparentemente agravou os distúrbios. De acordo com Douglas Gentile, diretor do laboratório de pesquisa de mídia da Universidade do Estado de Iowa, "quando as crianças se viciam, depressão, ansiedade e fobias sociais se agravam".

– Quando elas conseguem superar o vício, esses problemas melhoram.

Ele diz que nem os pais nem os serviços de saúde estão prestando atenção suficiente nos efeitos dos videogames sobre a saúde mental das crianças.

– Tendemos a abordá-los como entretenimento, como apenas um jogo, e a esquecer que o entretenimento também nos afeta. De fato, se não nos afeta, o definimos como "entediante".

No levantamento, as crianças disseram que jogavam videogame, em média, por 20 horas por semana. Entre 9% e 12% dos meninos foram considerados como viciados pela pesquisa, contra 3% a 5% no caso das meninas.

Apesar de os pesquisadores não terem definido um percentual de crianças que sofrem com esses distúrbios mentais, eles encontraram evidências que relacionam o número de horas jogadas a um comportamento impulsivo e problemas de relacionamento social.

Mas um especialista independente afirmou que existem sérios defeitos na pesquisa. Mark Griffiths, diretor do Centro de Pesquisas sobre Games da Universidade Nottingham Trent, no Reino Unido, diz que "pesquisas demonstraram que jogar videogames excessivamente não constitui necessariamente vício e que muitos usuários podem jogar por longos períodos sem que sofram quaisquer efeitos adversos".

– Se 9% das crianças fossem realmente viciadas em videogames, haveria clínicas para o tratamento disso em toda cidade grande.

Parte do problema, ele diz, é que o novo estudo pode ter medido interesse e não vício.





Fonte: Reuters

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