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Segunda - 17 de Janeiro de 2011 às 11:13
Por: Isa Souza

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Éder Moras e Pedro Henry: críticas a Maggi criam clima de instabilidade no Paiaguás
Éder Moras e Pedro Henry: críticas a Maggi criam clima de instabilidade no Paiaguás

O secretário-chefe da Casa Civil, Éder Moraes (PR), negou hoje (17), em entrevista à Rádio Cidade, a existência de qualquer mal-entendido ou dificuldade de relacionamento entre ele e o secretário de Estado da Saúde, Pedro Henry (PP).

O progressista tem sido incisivo nas críticas ao Governo passado, que, segundo ele, teria agido com descaso em relação aos problemas da Saúde Pública. O republicano, como porta-voz do governador Silval Barbosa (PMDB), repreendeu o colega e deixou transparecer que críticas à gestão anterior (do senador eleito Blairo Maggi) estão proibidas.

Éder Moraes afirmou ter "profundo respeito" por Pedro Henry, mas condenou o comportamento do colega.

As "farpas" entre os dois secretários começaram a ser trocadas ainda na primeira semana de janeiro, quando Henry diagnosticou como "ruim" o modo de gestão anterior da pasta da Saúde. A atitude criou certa instabilidade, já que a crítica atingia de frente a gestão do ex-governador, principal aliado de Silval Barbosa.

De acordo com o secretário-chefe da Casa Civil, o fato tomou uma grande proporção na mídia porque foi exatamente nela onde tudo começou e, portanto, onde deve terminar.

"A crítica foi colocada de forma pública e eu tive que falar publicamente também. É preciso que não prevaleça apenas uma opinião, mostrando apenas um lado", afirmou Éder Moraes.

Na entrevista, o chefe da Casa Civil relembrou o histórico político de Henry, que está em seu quinto mandato como deputado federal, e metaforizou o secretariado de Silval como "um trem que não deve sair dos trilhos".

"O Henry tem toda uma luta que a sociedade presenciou e, às vezes, os comentários surgem no afã de colocar a máquina para andar. Eu vejo o Estado como um grande trem e as secretarias são os vagões: algum vagão pode apresentar alguma trepidação, mas nós não podemos deixar nenhum descarrilar", disse.

Mesmo tentando amenizar o fato, Éder voltou a tachar a atitude de Henry como "antropofágica" e analisou como "inadministrável" o fato de novo secretário começar a criticar o anterior.

"Eu quero uma aproximação cada vez maior entre os secretários, mas ele (Henry) sabe que, em algum momento, excedeu um pouco. Mesmo porque, no momento em que criticamos a gestão passada, criticamos a nós mesmos. Não podemos ser autofágicos porque aí fica insustentável e inadministrável", disse.

De acordo com Éder Moraes, ainda nesta semana, ele e Pedro Henry devem se encontrar. Ele não quis revelar a pauta da reunião.






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