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Quarta - 04 de Setembro de 2013 às 09:32
Por: ALECY ALVES

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Geraldo Tavares/DC
Para abraçar o caule da árvore, que estava no canteiro, foram necessárias três pessoas adultas
Para abraçar o caule da árvore, que estava no canteiro, foram necessárias três pessoas adultas
Na Avenida Historiador Rubens de Mendonça(do CPA), em frente ao sinaleiro entre a Secretaria de Fazenda e o Tribunal do Trabalho(TRT), a derrubada árvores chamou a atenção de quem passou pelo local ontem. Uma delas, da espécie Ximbuva, tinha mais de 15 metros de altura e tronco com pelo menos dois metros de diâmetro. Foram necessários vários homens e algumas horas de trabalho para levá-la ao chão e transformá-la em dezenas de toras. 

Algumas pessoas, mesmo cientes da necessidade da retirada da árvore para construção das linhas do VLT(Veículo Leve Sobre Trilho), ficaram chocadas com a cena. Outras postaram comentários e fotos nas redes sociais 

A jornalista Aline Romio, por exemplo, disse que chorou ao ver “aquela arvore linda e maravilhosa no chão”. Ela achou que seria preservada. 

Já para a professora Maria Lucia dos Santos Alves, esse é o preço do progresso. Ela entende que a retirada era necessária, mas argumenta que seria fundamental plantar árvores em outros pontos para substituir as derrubadas. 

Na área onde houve a derrubada, há pelo menos outras 15 árvores da mesma e de outras espécies. Uma Ximbuva, bem maior, também parece atrapalhar percurso das obras da Copa de 2014, assim como centenas de outras ao longo dos 22 quilômetros de linha do VLT em Cuiabá e Várzea Grande. 

Com tronco de mais de 4 metros de diâmetro, foi necessário três pessoas para “abraçar” essa Ximbuva. Depois do “abraço”, Viviane Araújo, 18, Creuza Pereira da Silva, 60, e Rosa da Costa Cavalcante, 55 anos, reclamaram que quanto mais árvores derrubadas, mais seco fica o clima e pior será a qualidade do ar que a população respira na cidade. 

Identificada científico Enterolobium contortisiliquum, a Ximbuva é comum praticamente todo o país, especialmente no cerrado e Pantanal, biomas típicos em Mato Grosso. Também é chamada “orelha de macaco” por causa do formato dos frutos, alimento bastante apreciado por animais silvestres, entre os quais o veado, mesmo com alto grau de toxidade. 

A assessoria de imprensa do Consórcio VLT informou que nesta terça-feira foram derrubadas três árvores para construção das pistas marginais do viaduto. 

Conforme a assessoria, a empresa está fazendo o possível para manter o maior número de árvores nos canteiros, onde está previstos o eixo da via permanente do VLT. 

Destaca também que após reavaliação, o Consórcio e a Secopa optaram por manter um número expressivo de árvores e a estimativa é que daqui para frente seja necessário suprimir menos de 100 árvores para execução das obras.





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