Eder pede cautela e diz que Henry não terá privilégios
O secretário-chefe da Casa Civil, Eder Moraes, fez recomendação dura ao secretário de Saúde do Estado, Pedro Henry, e pediu cautela ao progressista que tem feito declarações polêmicas sobre as irregularidades cometidas na gestão do antecessor Augusto Amaral. Eder diz que pretende evitar mal estar no staff, principalmente com críticas ao governo de continuidade (Blairo Maggi/ Silval Barbosa) e adiantou que Henry será tratado como todos os demais secretários, ou seja, sem "privilégios" ou "distinção".
"Pedro Henry é um homem público dotado de estilo próprio e proativo, porém, é necessário ter cautela ao falar da saúde pública em Mato Grosso. Criticar o antecessor, Augusto Amaral, não é correto, pois o Augusto veio do MT Saúde num momento crucial para o governo, assumiu a Secretaria em condições não muito favoráveis, mas honrou o seu papel de servir a sociedade", afirmou Eder.
Ele considera ainda que Amaral conduziu a Saúde num momento atípico, com as receitas públicas comprimidas pelos sucessivos atrasos de repasses pelo Governo Federal e ainda pelas regras eleitorais, onde muitos investimentos foram tolidos..
Moraes recorda do esforço fora do comum que foi feito no período para que o governo conseguisse manter os serviços essenciais. “É bom lembrar que a saúde pública tem uma gestão ‘tripartite’ que envolve União, Estado e Municípios e, na grande maioria dos serviços ofertados, o Estado desenvolve a atividade meio e não a atividade fim", explicou Eder.
O secretário destaca ainda que Pedro Henry tem a perfeita noção de como é feita a política partidária e quanto as críticas podem incomodar os partidos da base aliada. “Na construção de um processo político não se pode causar cizânia interna e externa, é preciso ter cautela”.
O secretário da Casa Civil lembra que por iniciativa dele, autorizado pelo governador Silval Barbosa, foi instalada uma delegacia dentro do prédio da Secretaria de Saúde e já nos últimos 60 dias vinha acompanhando o processo de aquisições, onde nada poderia ser renovado sem a participação efetiva da Auditoria Geral do Estado e da própria delegacia, ou seja, a fim de combater formas viciosas e ilícitos contra o erário público onde houvesse indícios.
“Portanto, transparência é o que o governo quer e rigor na condução das despesas de custeio e investimentos para que se possa investir mais com recursos oriundos da economia desejada em vários serviços prestados e aquisições de medicamentos”, frisou Eder.
Segundo ele, o governo sabe de todos os números de quanto se necessita para colocar em funcionamento o Hospital Metropolitano, Hospital da Criança, a possível retomada do Hospital Central e a destinação daquele imóvel, das necessidades estruturais dos hospitais regionais. “Sabemos ainda, essencialmente, como se procede a gestão por intermédio de Oscips e outros organismos de gestão e também os ralos que esses contratos podem apresentar. Agora, só podemos cobrir todo o corpo se o cobertor for na medida certa, do contrário temos que encolher o corpo e nos acomodar dentro do tamanho que nos foi dado”, observou.
Para Moraes, o que se busca evitar é o mal estar dentro do staff, pois quando um colega começa a destilar críticas à própria gestão de continuidade, isso propicia um ambiente onde todos se sentirão no direito de criticar ex-colegas e, obviamente, seria o ápice da antiética e do autofagismo.
Ele garantiu ainda que não vai medir esforços para cumprir o seu "papel" de tratar todos os secretários de forma igualitária. “O critério de escolha do secretariado, com certeza, não é por votação direta, se fosse assim o chefe do Poder Executivo não teria sua autonomia plena. Já que ao ser votado e eleito por maioria da população, essa mesma população lhe confiou as escolhas. Tenho que cumprir com o meu papel de secretário-chefe e o farei sem obstáculos que não possa transpor. A obrigação de eficiência e de eficácia vale para todo o gestor público e para o governador Silval Barbosa todos os secretários de Estado terão tratamento igualitário, sem privilégios de forma ou distinção", finalizou.
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