Dilma decreta luto de três dias pelas vítimas das chuvas
A presidenta Dilma Rousseff decretou luto oficial de três dias, a partir de sexta-feira (14), pelas vítimas das chuvas que devastaram o país nos últimos dias, "principalmente da região serrana do Estado do Rio de Janeiro".
O número de mortos em cinco municípios da região serrana do Rio chegou a 586 desde a chuva do último dia 11. As mortes ocorreram em Nova Friburgo (264), Teresópolis (253), Petrópolis (47), Sumidouro (18) e São José do Vale do Rio Preto (4). Ainda chove na região.
Dilma anunciou ontem o envio de R$ 100 milhões para ajudar as cidades serranas do Rio, informou o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra. O dinheiro faz parte de um total de R$ 780 milhões liberados pela presidente, por meio de medida provisória editada na quarta-feira (12), para as cidades e Estados prejudicados pelas chuvas.
O governador Sérgio Cabral (PMDB) também decretou luto oficial no Estado do Rio de Janeiro por sete dias pelas vítimas das chuvas. O decreto, assinado na sexta-feira (14), entra em vigor na próxima segunda (17), quando será publicado no "Diário Oficial".
RISCO
Reportagem publicada na edição deste sábado da Folha mostra que um estudo encomendado pelo próprio Estado do Rio de Janeiro já alertava, desde novembro de 2008, sobre o risco de uma tragédia na região serrana fluminense.
A situação mais grave, segundo o relatório, era exatamente em Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, os municípios mais devastados pelas chuvas e que registram o maior número de mortes. Essas cidades tiveram, historicamente, o maior número de deslizamentos de terra.
O estudo apontou a necessidade do mapeamento de áreas de risco e sugeriu medidas como a recuperação da vegetação, principalmente em Nova Friburgo, que tem maior extensão de florestas.
O secretário do Ambiente do Rio, Carlos Minc, disse que o mapeamento de áreas de risco foi feito, faltando "apenas" a retirada dos moradores, e que os parques florestais da região também foram ampliados.
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