Projetos antienchente ficam parados no Congresso
Em meio às chuvas que deixaram milhares de vítimas e desabrigados no Rio e São Paulo, mais de 30 projetos com medidas para minimizar os efeitos das enchentes estão parados no Congresso. A informação é da reportagem de Gabriela Guerreiro publicada na edição desta sexta-feira da Folha.
De acordo com o texto, as propostas vão de benefícios fiscais para quem doa recursos às vítimas das chuvas até informações solicitadas ao governo federal em tragédias passadas que nunca chegaram ao Legislativo. A cada novo episódio com desabrigados e destruição de municípios, congressistas apresentam propostas que acabam, a maioria, sem sair do papel.
Em 2009, o senador Romeu Tuma (morto no ano passado) apresentou projeto que prioriza desabrigados pelas enchentes nas ações habitacionais do governo.
Na época, Tuma foi motivado pelas chuvas que atingiram São Paulo no final de 2009. Até hoje a proposta espera por votação na Comissão de Desenvolvimento Regional do Senado.
RIO
Balanços divulgados pelas prefeituras de Teresópolis, Petrópolis, Nova Friburgo e Sumidouro informam que 508 pessoas foram encontradas mortas nas cidade durante as buscas após os temporais que atingiram a região serrana do Rio. A cidade mais afetada é Nova Friburgo, onde os mortos chegaram a 225.
Os bombeiros afirmam que uma das maiores dificuldades encontradas pelas equipes de regaste na região serrana do Rio é a falta de comunicação, já que os telefones e a internet estão com problemas. Outra dificuldade enfrentada pelas equipes de resgate é em relação aos acessos em algumas partes das cidades de Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo.
O grande número de corpos no IML (Instituto Médico Legal) de Teresópolis obrigou as equipes de técnicos a adotar o reconhecimento dos mortos por meio de fotografias. Cerca de 50 pessoas estão concentradas em frente ao prédio do IML, em busca de parentes desaparecidos.
As fotos dos rostos dos mortos são mostradas pelos peritos a quem busca informações. Só entram no prédio os parentes que reconheceram vítimas por meio das fotografias. O prédio do IML funciona ao lado de uma delegacia de polícia e tem capacidade para receber apenas seis corpos. Até as 12h de hoje já tinham dado entrada 147 corpos. Outro prédio, em frente à delegacia, teve que ser requisitado para receber corpos.
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