Liminar obriga 60% dos médicos voltar ao trabalho em VG
A Justiça determinou que 60% dos médicos de Várzea Grande retomem o trabalho na escala normal e 80% nos finais de semana. Caso haja descumprimento, haverá multa diária de R$ 10 mil. A classe médica pública do município está em greve há 1 mês e cobra melhores condições de trabalho e pagamento de 3 meses de verba indenizatória de 2010.
A decisão foi divulgada pela Prefeitura de Várzea Grande, que moveu uma ação para o movimento grevista ser taxado como ilegal. O documento exige que serviços básicos de saúde sejam retomados como o Pronto-Socorro, os postos de saúde e os de urgência e emergência.
O presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed/MT), Ednaldo Lemos, afirmou que não recebeu nenhuma notificação da Justiça até a tarde de ontem. Caso isso aconteça, o sindicato irá recorrer da decisão. "A Lei de Greve é clara sobre isso: ela estipula 30% para os serviços considerados essenciais, como é o caso dos médicos".
Lemos conta que os médicos de Várzea Grande estão com um contingente maior que a lei determina. "Somente no Pronto-Socorro estão atendendo 50% de todo o pessoal e estão trabalhando 45% de todo o efetivo do município".
A prefeitura entrou com a ação para a ilegalidade, mas o presidente do Sindimed acredita que a Justiça não entendeu dessa forma. "Se ela taxasse como ilegal não iria pedir 60% ou 80% do efetivo, mas todo ele".
Em relação às condições de trabalho, os médicos exigem questões como aumento no número de macas e a não permanência de pacientes nos corredores.
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