O ex-prefeito de Nova Friburgo, Paulo Azevedo, e o filho Mateus estão entre os desaparecidos depois da chuva que começou a cair na noite de terça-feira (11) e devastou pelo menos três municípios da Região Serrana do Rio: Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis.
De acordo com informações da assessoria da prefeitura de Nova Friburgo, Azevedo e o filho estavam num sítio no bairro de Campo do Coelho, que foi devastada pela chuva. A casa onde eles estavam foi soterrada por pedras e lama.
Desde a noite de terça-feira (11) o número de mortos não para de subir.
Outras tragédias
A chuva que devastou a Região Serrana do Rio esta semana já matou mais gente que a tragédia de Angra de Reis, no início do ano passado, e as chuvas de abril, que arrasaram locais como o Morro dos Prazeres, na capital fluminense, e no Morro do Bumba, em Niterói, na Região Metropolitana.
Ano passado, em Angra, no Litoral Sul Fluminense, 53 pessoas morreram na enseada no Bananal, na Ilha Grande, e no Centro da cidade, no Morro da Carioca. No Rio e Grande Rio, foram 257 mortos, sendo 30 no Morro dos Prazeres e 45 no Bumba. Juntos, os episódios de 2010 somam 310 mortes.
“Em 28 anos de vida pública, nunca vi coisa igual. Em cinco anos no governo do estado, essa é a pior tragédia. Em Friburgo, choveu 280 mm. No Bumba, não chegou a 100mm. Em Angra, 120mm. No Centro de Friburgo, prédios desabaram com a violência de uma enxurrada que eu nunca vi. Se tem um enfrentamento que a gente tem que fazer é tirar pessoas das áreas de risco”, disse o vice-governador Pezão, em entrevista ao RJTV.
O trabalho de resgate das vítimas da tragédia causada pela chuva na cidade é reforçado por homens do Grupamento de Busca e Salvamento que atuaram no Morro do Bumba, em, Niterói, em Angra dos Reis e no Haiti. À noite, integrantes desse grupamento resgataram com vida um bebê de seis meses de idade. Também resgatado com vida, o pai dele passou 15 horas soterrado, abraçado ao filho.
A Defesa Civil da prefeitura de Petrópolis explica que “toda vez que chove muito nos municípios de Teresópolis e Nova Friburgo, a água que desce da serra provoca o transbordamento do rio Santo Antônio, causando os alagamentos”.
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