Justiça nega prisão preventiva de acusado por morte de candidata a miss no RS
A 1ª Vara Criminal de Caxias do Sul (131 km de Porto Alegre) negou o pedido de prisão preventiva de Eduardo Farenzena, 24, acusado pelo assassinato de Caren Brum Paim, 22, representante gaúcha no Miss Itália Del Mondo, no fim de novembro de 2010.
O juiz Emerson Jardim Kaminski aceitou a denúncia (acusação formal) feita nesta quarta-feira pela 4ª Promotoria Criminal da cidade. O magistrado não decretou a prisão do jovem, porém, porque já existe outro pedido idêntico, negado em primeira instância e que aguarda decisão do Tribunal de Justiça, em segunda instância.
Segundo a promotora de Justiça Silvia Regina Becker Pinto, o crime ocorreu na casa de Farenzena, no bairro Desvio Rizzo, na noite de 30 de novembro. A denúncia diz que o jovem estrangulou Caren, após ela dizer que não reataria o namoro.
O corpo da modelo foi encontrado pela polícia no dia 1º de dezembro, enrolado num cobertor, na zona rural de Caxias do Sul.
A mãe de Farenzena também foi denunciada por supostamente ajudar na ocultação do cadáver. O jovem é acusado de homicídio triplamente qualificado --por motivo torpe, pela insatisfação com o término do namoro com a vítima; morte por asfixia; e recurso que impossibilitou a defesa, pela diferença de força entre os dois.
Ainda segundo o Ministério Público, após perceber que Caren havia morrido, Farenzena chamou a mãe, que o ajudou a enrolar o corpo em um cobertor e a levá-lo até a região do bairro Fazenda Souza.
Para a Promotoria, a prisão preventiva seria necessária por considerar que o acusado, que era usuário de crack, oferece risco a si mesmo e às pessoas ao redor.
O advogado de Farenzena, Rafael Soto, disse que não há motivo para a prisão preventiva. "Eduardo não apresenta hoje qualquer possibilidade de realizar um abalo à tranquilidade caxiense. Não existe nada que indique que ele possa se ausentar."
Segundo Soto, o rapaz está em depressão, em tratamento psiquiátrico num hospital da cidade, e fala em suicídio. "Seria muito temerário colocá-lo no sistema prisional, que é caótico. Ele teria uma recaída muito forte, e a fala dele sobre suicídio seria concretizada", afirmou o advogado.
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