Só em Teresópolis são 71 mortos, segundo o secretário municipal de Meio Ambiente e Defesa Civil, Flávio Luiz de Castro. O prefeito da cidade, Jorge Mário, decretou estado de calamidade pública no município, um dos mais afetados pelas chuvas no estado.
Um total de 800 homens da Defesa Civil e bombeiros tenta localizar desaparecidos na cidade. O secretário do Ambiente do estado do Rio de Janeiro, Carlos Minc, classificou a chuva que começou na terça-feira (11), como a "maior catástrofe da história de Teresópolis". “Não foi possível escolher o que ia cair. Casa de rico, casa de pobre. Tudo foi destruído”, disse a empregada doméstica de 27 anos, Fernanda Carvalho.
A prefeitura designou dois abrigos para receber desabrigados: o Ginásio Pedrão, no Centro de Teresópolis, com capacidade para 800 pessoas, e um galpão no Bairro Meudon, onde podem ser alojadas 400 pessoas. No Pedrão, a prefeitura monta um hospital de campanha.
Em nota oficial, a Secretaria estadual de Defesa Civil confirmou que os três bombeiros soterrados em Nova Friburgo nesta manhã durante um resgate morreram. No mesmo município da Região Serrana, outras quatro pessoas não resistiram, chegando a sete o número de mortes. A chuva deixou a cidade sem sinal de telefonia, sem luz e sem transporte. Moradores perambulam pela cidade cheia de lama sem saber o que fazer.
Cabral pede ajuda à Marinha
Em resposta a um pedido do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, a Marinha colocou à disposição dois helicópteros (um Esquilo e um Super Puma) para o transporte de pessoal e equipamentos dos bombeiros.
O vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, está na Região Serrana acompanhando o trabalho de resgate a vítimas. Pelo Twitter, o governo do estado informou que helicópteros estão sendo mobilizados para o transporte das equipes da Defesa Civil estadual e de equipamentos para reforçar os trabalhos de resgate na Região Serrana.
No distrito de Itaipava, a água atingiu dois metros e meio de altura em alguns pontos da região. A Defesa Civil da prefeitura de Petrópolis explica que “toda vez que chove muito nos municípios de Teresópolis e Nova Friburgo, a água que desce da serra provoca o transbordamento do rio Santo Antônio, causando os alagamentos”.
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