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Economia
Terça - 03 de Setembro de 2013 às 16:55

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A produção da indústria brasileira voltou a cair em julho, registrando recuo de 2% - quase eliminando a alta de 2,1% (dado revisado) verificada em junho, segundo dados divulgados nesta terça-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com julho de 2012, o setor cresceu 2,0%. No índice acumulado de janeiro a julho, a indústria também subiu 2% - em 12 meses, o avanço foi de 0,6%.



De acordo com o IBGE, a queda foi vista em 15 dos 27 ramos analisados. Entre os setores, as principais influências negativas partiram deveículos automotores (-5,4%) e farmacêutico (-10,7%) - ambos eliminando os avanços do mês anterior.


 
Também mostraram resultados negativos as indústrias de borracha e plástico (-4,5%), celulose, papel e produtos de papel (-3,6%), alimentos (-1,4%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (-9,4%), máquinas e equipamentos (-1,6%), outros equipamentos de transporte (-3,3%), metalurgia básica (-1,8%) e outros produtos químicos (-1,5%).


 
Na contramão, entre as 11 atividades que ampliaram a produção, os destaques ficaram com refino de petróleo e produção de álcool (3,3%), bebidas (2,3%), material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (3,5%) e produtos de metal (2,0%).


 
Entre as categorias de uso, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de consumo duráveis, caiu 7,2% e bens de capital recuou 3,3%. Os setores produtores de bens de consumo semi e não duráveis recuaram 1,5% e de bens intermediários, 0,7%.


 
Na comparação com julho de 2012, 18 das 27 atividades mostraram altas na produção, com destaque para refino de petróleo e produção de álcool (10,2%), veículos automotores (4,3%),  máquinas e equipamentos (5,6%) e outros equipamentos de transporte (12,8%).


 
Entre as oito atividades que reduziram a produção, os principais impactos foram observados em edição, impressão e reprodução de gravações (-9,9%), farmacêutica (-8,4%) e indústrias extrativas (-2,5%), pressionados, em grande parte, pelos itens livros e jornais; medicamentos; e óleos brutos de petróleo e minérios de alumínio, respectivamente.


 
No índice acumulado nos sete primeiros meses de 2013, frente a igual período do ano anterior, o setor cresceu 2,0%, com taxas positivas nas quatro categorias de uso, 14 dos 27 ramos, 43 dos 76 subsetores e 50,6% dos 755 produtos investigados.


 
"Entre as atividades, a de veículos automotores, que avançou 13,2%, permaneceu exercendo a maior influência positiva na formação da média da indústria", disse o IBGE.


 
"Ora cresce, ora cai um pouco", diz ministro
O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, minimizou nesta terça-feira, em entrevista, a queda da produção industrial.


 
"A produção industrial teve um crescimento forte sofre o mesmo período do ano passado. O trabalho de fundamentos que o Brasil vem fazendo está começando a dar resultado. É um processo no qual vamos avaliar o resultado no momento adequado. Acho precipitada essa avaliação [de alguns economistas que haverá retração do PIB no terceiro trimestre deste ano]", disse.


 
Para o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, na análise da curva de longo prazo, o movimento é de crescimento da indústria. Ele reconheceu, que o desempenho do setor ainda está oscilante. "Ora cresce, ora cai um pouco. Mas se nós olharmos a curva de longo prazo, nós estamos crescendo, isso que é importante”, destacou.


 
“Tanto no que diz respeito à indústria, que é atribuição do meu ministério, quanto ao que diz respeito ao saldo da balança comercial, do comércio exterior, também estamos crescendo. Estamos reduzindo aquele saldo negativo acumulado, está caindo mês a mês. Nós vamos chegar ao final do ano com toda certeza com superávit da balança comercial”, acrescentou, sem, no entanto, estimar o valor do superávit.





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